De acordo com a teoria Malthusiana, no séc XIX, a população crescia em progressão geométrica enquanto a produção de alimentos crescia em progressão aritmética e, dessa forma, a população estaria condenada à miséria, à fome e à morte. Essa teoria fundamentalista foi desconstruída uma vez que ela não contava com os avanços tecnológicos para o incremento da produção agrícola. Porém, o que era para ser um problema já superado volta a ser um grande desafio visto que, apesar dos investimentos governamentais para sanar a pobreza, vemos a aprovação de leis para a redução orçamentária como fator motivador da fome no Brasil. A princípio, é necessário considerar as políticas públicas de redução das desigualdades sociais como fator contribuinte para o combate à fome no país. Um exemplo que ilustra esse cenário, foi a criação do Minha casa Minha vida e o Bolsa Família, os quais foram fundamentais para que a população passasse a ter um melhor poder de compra e, dessa forma, não faltassem alimentos básicos para a saúde humana. Esse tipo de iniciativa por parte do Governo possibilita melhores condições de vida, além de levar à valorização pessoal dos indivíduos, reafirmando o seu papel na sociedade. Entretanto, vale ressaltar a aprovação da “PEC 55”, no qual impõe um limite de gastos ao Governo, sobretudo, nas áreas da saúde e educação por 20 anos, atuando na contramão da redução da desigualdade social. Esse quadro é problemático na medida em que essa restrição orçamentária faz com que a população fique com o seu orçamento comprometido com tais áreas e, assim, podem faltar alimentos básicos para a sua sobrevivência. Exemplo dessa situação ocorreu com uma criança que desmaiou de fome em uma escola pública, no DF em 2017, demonstrando a vulnerabilidade que vivem muitas famílias, o que é nocivo a dignidade humana. Dessarte, a fim de combater a fome e os seus fatores motivadores, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome deve ampliar o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida por meio do aumento nos investimentos e abrangência nacional desses recursos. Além disso cabe ao Governo Federal a suspensão da “Pec 55” desenvolvendo outros meios de restrição orçamentária, para que, assim, não seja preciso sacrificar a saúde e a educação da população. Ademais, os Municípios com o intuito de solucionar o problema a curto prazo, pode aumentar a distribuição das refeições no ambiente escolar no início meio e fim das aulas. Logo, cenas como essa vista no DF poderá deixar de ser uma utopia e o país dará dá um importante passo rumo à justiça social.