“O homem é produto da sociedade.” Com esta afirmação, Karl Marx ratifica que uma sociedade evadida gera indivíduos ainda mais evadidos; é, portanto, uma multiplicação da evasão. Através da mesma conta matemática, pode-se entender a disseminação da evasão escolar no Brasil. Basta multiplicar o fator naturalização da evasão pelo fator sociedade do espetáculo e a repercussão da evasão escolar no Brasil será o produto. Entretanto, falar de evasão escolar ainda envolve muitos aspectos segregadores. Em uma primeira análise, é válido ressaltar a crise que está sendo vivenciada pela sociedade brasileira, pondo em vista que os jovens de classe baixa trocam com frequência, os estudos pelo trabalho, muita das vezes, precário. A “geração neném” - nem estuda, nem trabalha - está cada vez maior no Brasil, ocupando a terceira posição de maior taxa de abandono escolar entre os 100 países com maior IDH. Segundo a FGV, a falta de interesse dos jovens adolescentes está de 40,3% sendo apenas uma das causas da evasão, outras a serem citadas, são; renda e trabalho com 27,1% e a falta de unidades escolares com 10,9%. Convém, portanto, que, primordialmente, a sociedade civil organizada exija do Estado, por meio de protestos, a observância da evasão escolar no Brasil. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa de monitoria com os alunos que querem evadir, visando a contemplação das diferenças e o respeito por meio de palestras e peças teatrais a fim de chamar a atenção do aluno para não evadir.