Título da redação:

Evasão escolar: um problema negligenciado

Proposta: A questão da evasão escolar no Brasil

Redação enviada em 25/04/2017

No Brasil hodierno, a evasão escolar juvenil é uma problemática recorrente e bastante negligenciada. Com um ensino enciclopédico, carente de rigidez, disciplina e com alunos sem base educacional familiar, o índice de evasão estudantil brasileiro é um dos maiores da América ocidental. É visível, tanto aos que vivem no ambiente estudantil quanto aos que o analisam, que o desinteresse por parte da juventude é o principal motivo da evasão escolar. O sociólogo Max Weber dedicou parte de sua vida acadêmica a análise dos fins que ocasionam ações, fenômeno nomeado de ação social. No tocante à vocação, o jovem brasileiro carece de objetivo. A escola, sujeito a base curricular comum, apresenta as possibilidades profissionais, derivadas diretamente da entrada na universidade, roboticamente, sem incursões às universidades, palestras, e etc. Essa maneira retrógrada de ensino falha em incentivar o estudante, que, em outro ambiente, poderia ter sentido um impacto que o levaria a se interessar mais ativamente pelas atividades escolares. Além do desinteresse, é comum nas periferias dos centros metropolitanos e nos interiores das unidades federativas: as relações sexuais precoces, prostituição, trabalho infantil e carência de qualidade de ensino. Esse contato prematuro com os fatores citados é intensificado com o tempo, e não há agente social para auxiliar os jovens inclusos nessa realidade. Dito isso, é notável a pluralidade de fatores que levam à evasão escolar. Por ser uma totalidade de problemas ainda indiligente, há uma enorme carência de ações estatais, familiares e privadas. Assim, uma ação eficaz para incentivar os estudantes pertencentes a porcentagem do desinteresse seria incursões para universidades, consultórios médicos, escritórios de advocacia, contabilidade, etc, uma vez que o contato direto com o ambiente universitário e com uma futura profissão é essencial para despertar a vontade no aluno. No tangente ao Estado, a construção de mais unidades de ensino público, promovendo uma seleção mais rígida de professores, psicólogos e assistentes sociais, haja vista os ambiente carentes e problemáticos que muitos estudantes estão envolvidos. Deste modo, há uma real possibilidade de se modificar a realidade semiperiférica do ensino brasileiro.