Resolver equações de matemática, conhecer a geografia de países e compreender a história, fazem parte de quem frequente a escola brasileira, situação essa que não é frequente na vida de jovens e crianças que abandonam a escola. A evasão escolar está presente e é um problema, ela é motivada pela condição social e até mesmo o desinteresse do indivíduo. Para compreender melhor essa situação, é necessário entender que muitas pessoas que abandonam o ensino escolar estão envolvidas com trabalhos que ocupam a maior parte do seu tempo, ou seja, em período integral, e quando terminam a atividades trabalhistas já não tem vigor o suficiente para frequentar a aula. Essa situação acontece em famílias onde a condição financeira é tão baixa que o indivíduo não vê outra solução a não ser encontrar uma forma de remuneração. Apesar disso, existem aqueles que não se sentem motivados a frequentar a aula, pesquisas revelam que 40,3 % dos adolescentes abandonam a escola por desinteresse. Essa situação ocorre, pois, o estudante enfrenta uma péssima estrutura de ensino desde muito cedo, com as aprovações automáticas ele não se sente desafiado a aprender, no ensino médio, chega a tal ponto que não consegue absorver conhecimento. Mais um problema relacionado, é que justamente a comodidade e a falta de perspectiva profissional que levam a desesperança do futuro, essa situação é tão marcante que a geração atual ficou marcada como “Nem Nem” que significa “nem trabalha e nem estuda”, com essa postura, o número da evasão escolar aumenta ainda mais. Contudo, o problema está longe de ser resolvido, para que se combata a evasão escolar é necessário que haja mudanças não só no ensino fundamental e médio, mas na economia, assim, quanto maior for a renda per capita, menor será a chance de abandono escolar. Além disso, eliminar a aprovação automática e treinar professores para que tenham facilidades em aplicar aulas mais dinâmica e comunicativa será fundamental para se combater a evasão escolar, pois assim como Immanuel Kant dizia “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”.