Nota-se, no contexto brasileiro, que muitos jovens e crianças desistem de frequentar as escolas, isto é, participam do grande contingente de indivíduos do índice de evasão escolar. Desse modo, um a cada quatro alunos que inicia o ensino fundamental no Brasil abandona a escola antes de completar a última série, consoante o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Isso acontece por causa da baixa qualidade de infraestrutura das escolas e gravidez precoce. No tocante à baixa qualidade de infraestrutura, é fundamental que haja notoriedade, uma vez que muitas escolas brasileiras não possuem ambientes adequados para o ensino, como a Unidade Rosa Mochel que desabou em São Luís. Dessa forma, os estudantes ficam insatisfeitos com o local de aprendizagem por não possuírem segurança, conforto e materiais didáticos bons, logo, tendem a abandonarem o meio escolar ou até mesmo reprovarem pela falta de conhecimento adquirido nas aulas. Desse modo, as instituições de ensino deixam de cativar os alunos a frequentarem o local. Outro fator que está relacionado é a gravidez precoce que obriga os pais a desistirem dos estudos para cuidarem dos filhos. À vista disso, tais adolescentes enfrentam a vergonha, depressão e a necessidade de trabalhar para sustentar a família, visto que 75% das jovens que têm filhos estão fora das escolas, segundo dados veiculados pelo G1. Isso elucida a gravidez infanto-juvenil como um empecilho para o bom rendimento do sistema educativo na sociedade, à medida que muitos estudantes nessa situação não terminam o ensino básico fornecido. Em consequência disso, os indivíduos que desistem de ir para a escola causam prejuízos para si e para o governo. A partir disso, nas palavras do relatório do Ministério da Educação, a falta do conhecimento adquirido na escola ocasionará dificuldades de inserção no mercado de trabalho por ausência de escolaridade e capacitação. Além disso, o dinheiro que foi investido para escolarização daqueles que abandonaram a instituição não terá o retorno esperado. Contudo, o Brasil, figurante como terceiro país com maior índice de evasão escolar, de acordo com o PNUD, deve reverter esse cenário. Em primeiro lugar, caberá ao Ministério da Educação e as prefeituras municipais destinarem investimentos no afã de construírem novos institutos de ensino e reformarem os existentes. Em segundo lugar, caberá aos órgãos legislativos aprovarem medidas que permitam a existência de creches dentro das escolas onde existem jovens mães. Assim sendo, o sistema educacional atrairá todo o público infanto-juvenil a adquirirem conhecimento.