Durante a Primeira Revolução Industrial em meados do século XVIII, a exploração do trabalho infantil se tornou algo comum na Inglaterra. Com a concentração trabalhista nas cidades, as famílias se deslocavam a procura de sobrevivência já que instaura-se ali o sistema comportamental e econômico do capitalismo. A situação que vigora atualmente no Brasil não se mostra tão diferente. A necessidade faz com que cada vez mais crianças e adolescentes se afastem das escolas e ingressem no mercado de trabalho sem ao menos concluírem o ensino fundamental e/ou médio. Em 2016, o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) publicou o ranking dos países com maior índice de evasão escolar e o Brasil ocupava a terceira posição. Sabe-se que, hoje, inúmeros fatores são responsáveis por afastar os jovens das escolas. Questões pessoais como a situação financeira familiar são um dos principais, visto que os jovens precisam trabalhar para ajudar no sustento de casa. Grande parte das escolas não são atrativas e isso também acaba por contribuir com a evasão. Além disso, no Brasil, ainda existe uma boa percentagem de pessoas que moram em Zonas Rurais e o deslocamento até os centros de ensino se tornam dificultosos ou até mesmo impossíveis. Assim, consequências graves são desencadeadas como o crescente número de analfabetismo e a restrição ao mercado de trabalho que em sua maioria abrange pessoas com algum tipo de especialização. No entanto, vê-se necessário, abrir espaço para que o conhecimento seja visto como algo prazeroso e necessário, que os estudantes encarem da forma mais positiva possível, desconstruindo a ideia de obrigação. Essa ideia deve partir principalmente dos professores que são os principais alicerces na vida acadêmica de um indivíduo. A forma com que esses profissionais trabalham dentro de sala de aula, precisa se moldar ao seu público alvo, dessa forma, os dois lados passam a se comunicar de forma que as duas partes estejam satisfeitas; o professor por conseguir transmitir de forma clara determinado conteúdo e o aluno por conseguir absorver o que foi transmitido. Assim, pode-se absorver o pensamento de Nelson Mandela que defende que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo e aos poucos ir mudando sua própria realidade. Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. O Ministério da Educação deve adotar políticas que incentivem as crianças a frequentarem a escola, utilizando-se de campanhas que demonstrem a importância do conhecimento, em mídias e locais públicos em geral. A Receita Federal deve vincular subsídios para melhoria na qualidade da educação e das escolas; é importante que haja um aperfeiçoamento na especialização de docentes, infraestrutura e que o público infantojuvenil tenha acesso a acompanhamento psicológico durante toda formação.