Na obra Capitães de Areia, Jorge Amado retrata os intempéries vivenciados por jovens, que não concluíram o processo de ensino. Em pleno século XXI, tal problemática ainda se insere no contexto brasileiro, haja vista aspectos sociais e organizacionais do território. Segundo Max Weber,sociólogo moderno, as ações individuais são influenciadas pelo contexto histórico em que se inserem. Nesse sentido, desde a Terceira Revolução Tecnológica( Século XX), houve uma alteração na mentalidade social, a qual tem com característica a demasiada utilização de aparelhos eletrônicos. Dessa forma, o tradicionalismo que ainda permeia a sociedade é visto, muitas vezes, com desinteresse, principalmente, pelos jovens. Assim, o sistema educacional deve inserir métodos inovadores de ensino, utilizando o aparato tecnológico, com o intuito de incitar os discentes a completar o processo pedagógico. Ademais, consoante Rousseau, pensador iluminista, os cidadãos compactuam o denominado "contrato social", que estabelece a garantia dos direitos individuais como dever do Estado. A Magna Carga do Brasil baseia-se em tal princípio, ratificando o direito à educação e à locomoção em território nacional.Contudo, conforme o poema "Linhas Paralelas" de Vinícius de Morais, tais aspectos constitucionais não são, devidamente, cumpridos. Logo, é necessário maior investimento em transportes coletivos, a fim de viabilizar a conclusão acadêmica do corpo discente brasileiro. Infere-se, portanto, que a evasão escolar ocorre devido à mentalidade popular vigente e à infraestrutura do país. Destarte, é mister que as instituições escolares concedam mais cursos profissionalizantes ao corpo docente, por meio das mensalidades, para implementar as novas tecnologias no processo de ensino. Outrossim, o Ministério da Educação deve fornecer maior verba governamental à aquisição de transportes públicos, com o objetivo de viabilizar a completude acadêmica dos jovens habitantes de áreas periféricas e interioranas do país.