Permanece hoje no país uma problemática já bastante conhecida, a evasão escolar dos jovens brasileiros. No Brasil, essa questão é muito complexa e se remete a vários núcleos, desde o governamental ao familiar, comprometendo o futuro dos desistentes. Com base na Pesquisa Nacional por Amostra (Pnad) há no país mais de dois milhões de crianças evasivas, sendo assim, é inadmissível que isso continue em níveis tão alarmantes. É importante pontuar que uma das premissas da evasão escolar está relacionada à Revolução Industrial, aonde desde pequenas as crianças eram submetidas a longas jornadas de trabalho nas fabricas. Na sociedade contemporânea isso reflete nos jovens, também, muitas novos praticando o mesmo ato ajudando na renda da família ou, muitas vezes, sujeitos ao trabalho escravo. Contudo, o fator em questão não só tira as crianças das escolas colocando-as muito cedo no mercado de trabalho como também remete a perdas de momentos comuns a uma criança. Outro aspecto que vale mencionar é a má infraestrutura e planejamento realizado pelo setor público, no qual muitas escolas estão ultrapassadas, necessitando de reformas, e não se dispõem de transporte escolar, isso aliado à insuficiência de professores e merendas é responsável por grande parte das evasões. Além disso, o governo oferece um ensino desmotivador e monótomo, uma vez que desde o século XX tem-se o mesmo método de ensino, raramente atualizado. Dessa forma, visando uma máxima redução nos índices de evasão escolar a ação do terceiro setor e do Governo federal é preciso. O terceiro setor -composto por associações que buscam se organizar para obter melhorias para a sociedade- deve por meio de palestras e grupos de discussão, debaterem com os pais sobre os benefícios de uma vida académica e sua importância. Cabe também ao Governo, através dos impostos recolhidos pela Receita Federal, realizar reformas nas escolas, oferecer transporte de qualidade e, amparar as escolas em suas necessidades, além disso, o combate contra trabalho infantil é fundamental, investindo em fiscalizações e aumentando a rigidez das atuais leis. Ademais, o Ministério da Educação deve oferecer cursos profissionalizantes aos professores, modificando o modo de ensino, tornando-o mais dinâmico e inclusivo.