A educação é uma das, se não a mais forte, armas contra a alienação, além claro da melhor forma de ascensão social existente. Entretanto, a educação nas escolas acaba por promover desinteresse nos estudantes, graças à qualidade das aulas e preparação dos professores, fazendo-os abandonar as escolas, além do clássico problema de renda e da diferença educacional nas instituições. O desinteresse causado nos estudantes, principalmente os do ensino médio, onde se encontra a maior porcentagem de evasão (62% ou 1.543.713 alunos) segundo o Pnad, é consequência, muitas vezes, da má formação dos professores, e consequentemente, suas aulas, deixando o aluno entediado, sem vontade de conhecimento, além de muitas vezes sem o básico para a aprendizagem. Aliado a qualidade da aula, a necessidade de trabalhar, para o sustento familiar, torna-se grande obstáculo para os alunos continuarem a estudar, já que acabam escolhendo entre um e o outro. E geralmente, esses trabalhos não necessitam de grande nível de aprendizagem, sendo assim, combinação perfeita para a evasão. Entretanto, a diferença causada no ensino entre as instituições pública e privada, desmotiva, principalmente, o aluno da escola pública, graças a inferioridade dos estudos, na maioria dos casos. Estes, geralmente os dos ensinos fundamental e médio, totalizando 1.973.305 estudantes, abandonam o ensino atrás de outras oportunidades. Logo, a evasão escolar se dá por motivos, na maioria dos casos, pelo desinteresse educacional, aliado a má qualidade e a grande competitividade. Pode-se pensar que com investimentos na formação dos professores, sendo algo contínuo e trazendo-os para a realidade dos seus alunos, além da melhor preparação estudantil, reduza, e muito, a evasão escolar, podendo passar a meta de 2016 do Ministério da Educação que era de 96,3% dos estudantes nas escolas.