Sabe-se que 43% da população com mais de 25 anos têm o Ensino Médio completo. O índice está abaixo da média dos países da OCDE, o que evidencia a negligência e as falhas do sistema educacional em sua aplicação. A evasão escolar prejudica não só o indivíduo ao aprender, mas também a sociedade como um todo. Sendo assim, é necessário rever a estrutura do ensino e as condições mais subjetivas dos alunos em questão. Em relação às crianças e aos jovens que abandonam os estudos, vê-se que as causas não se limitam às questões socioeconômicas, embora ainda sejam de grande peso no Brasil (31,8% dos desistentes). Em contraste com a grade curricular de países desenvolvidos, como os EUA, o currículo adotado atualmente se mostra inflexível e descontextualizado, causando desinteresse nos estudantes. Além das causas apresentadas, o investimento destinado às instituições é muitas vezes insuficiente para garantir material de qualidade, aulas mais práticas e profissionais bem preparados, influenciando negativamente a educação. Sob o mesmo ponto de vista, o impacto não é sentido apenas na vida acadêmica, mas dificulta as oportunidades de trabalho, deixando muitos cidadãos à margem de subempregos. Logo, o retorno econômico do país também é afetado. Em suma, cabe ao governo Federal junto ao MEC elaborar um currículo mais dinâmico nas escolas públicas, aderindo disciplinas facultativas direcionadas às diversas áreas do mercado de trabalho, além de matérias socioemocionais. Além disso, os centros pedagógicos devem estar preparados para identificar os grupos mais propensos à evasão (Negros, pobres, grávidas) e oferecer o suporte necessário em parceria com ONG's. Por último, os professores devem ter maior valorização, através de salários mais justos.