Desde a antiguidade, o homem é vítima da depressão, mas o que, antes, era visto como uma doença da alma e “pecado da desesperança”, hoje, se tornou um problema social e, de fato, uma doença. No conceito da palavra “saúde”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que é dado como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social”, a antiga “doença da alma” ao ferir o conceito, passa a ser vista como enfermidade. Assim, a OMS remete à necessidade da busca do conhecimento sobre a depressão, os impactos de tal doença na sociedade e, principalmente, como reduzir o número de pessoas vítimas da mesma. Em um primeiro instante, deve-se ter consciência de que a doença de trato psicológico que leva à melancolia, atinge, segundo a OMS, 350 milhões de pessoas no mundo, e cerca de 20 milhões de pessoas por ano tentam suicídio, sendo que 50% dos casos de suicídio têm a depressão como causa direta. Logo, a partir de tais números, torna-se perceptível que a enfermidade está presente no dia-a-dia e pode advir de diversas situações corriqueiras como o estresse ao qual a maioria dos homens é submetida, desemprego, pressões, conflitos, dentre outras causas. Desta forma, todos são depressivos, em potência. Tendo-se em mente as possíveis causas da doença, anteriormente citadas, deve-se pensar nas consequências do elevado número de diagnósticos da depressão. Afinal, como citado pelo poeta inglês, John Donne, “nenhum homem é uma ilha”, ou seja, como cada ser humano é parte de um todo, o grupo pode ser susceptível a adoecer, como pode ter a função de curar os enfermos. A partir de tal deia, torna-se claro que uma das possíveis reações da população é o “efeito Werther”, que afirma que, conforme anunciam-se casos de suicídio, há um crescimento no número de mortes semelhantes na região do anúncio. Portanto, é mister a intervenção de toda a população para colaborar no diagnóstico e tratamento de pessoas depressivas. Contudo, para que o povo se torne consciente da gravidade da doença, é necessário que o governo se mobilize, investindo em palestras e propagandas educacionais que orientem a busca dos enfermos por profissionais da saúde, além de anunciar e ajudar em campanhas como o “setembro amarelo” que busca reduzir o número de casos de depressão e suicídios. Apenas com o auxílio de todos, esse problema social terá um fim.