A depressão é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas que se reflete sobretudo na esfera emocional do indivíduo. Sua etiologia pode estar associada à predisposição genética, mas também pode ser desencadeada, ou agravada, por fatores de ordem socioeconômicas. Sendo assim, ela pode acometer pessoas de várias idades e ambos os sexos. Além do mais, trata-se de uma doença bastante preocupante, em virtudes das consequências que esta pode trazer aos acometidos e à sociedade, como: infortúnios profissionais, econômicos e psicológicos, decorrente, entre outros fatores, do isolamento no qual essas pessoas se inserem, chegando até mesmo ao suicídio. Na sociedade brasileira - “mergulhada” numa forte recessão econômica desde 2013 - que em 2011 tinha o “titulo” de terceiro país com mais casos de depressão no mundo, segundo um levantamento realizado em 18 países, a depressão tem impactos econômicos nos cofres públicos e privados, uma vez que é uma das principais causas de afastamento de emprego. Segundo a revista Época Negócios, edição do início deste ano, mais de 75 mil pessoas se afastaram do trabalho por depressão no ano de 2016. Isso implica dizer que, pelo menos metade desses postos de trabalho terão que ser repostos, uma vez que os afastamentos nestes casos são, via de regra, duradouros. Por outro lado, pacientes com depressão também tem consequências psicológicas incalculáveis, situação esta, que leva à morte em muitos dos casos, tanto por causa de doenças decorrentes da imunidade baixa, gerada pelo “desânimo” e reclusão, quanto por suicídios. Inclusive, de acordo com um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que aproximadamente 10 milhões de pessoas com depressão tentam cometer suicídio a cada ano e, desse total, meio milhão conseguem consumar o ato. Lamentavelmente, o preconceito que permeia a doença – tanto por parte de quem a tem quanto pela de outros – ainda dificulta o diagnóstico e o tratamento precoce. Portanto, tendo em vista o fato de a depressão gerar uma “consequência máxima” – que é a literal perda de vidas – faz-se necessário, por meio do Ministério da Saúde, o investimento em campanhas educativas, no afã de romper com os preconceitos e discriminações que ainda permeiam essa patologia, assim como aumentar o número dos Centros de Assistência Psicossocial (CAPS). Pois, o apoio psicológico é tão fundamental quanto o tratamento farmacoterápico.