A depressão, como consequência de uma complexa interação de fatores biopsicosociais, tem afetado significativamente a sociedade contemporânea. Considerada o mal do século, a depressão não difere suas vítimas, atingindo países desenvolvidos e em desenvolvimento, homens e mulheres, crianças, adolescentes e adultos. O consumo de bebidas alcoólicas acompanha a humanidade há milênios, no entanto, a atual estreita relação entre o consumo desta droga e outras, de cunho depressor do sistema nervoso, se mostra preocupante. O álcool, como droga legal, tem o objetivo de recrear e relaxar, porém, quando em conjunto com o quadro de depressão pode resultar em piora, sujeitando o indivíduo à dependência e a reações extremas de histeria e violência. Ainda neste núcleo, é importante ressaltar a relação entre a depressão e os suicídios. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de um milhão de pessoas se suicidam anualmente e em 50% destes casos há o diagnóstico de depressão como agravante. O fato da pouca aceitação da depressão como doença, por não ser palpável e visível, e o acréscimo do uso de drogas contribuem para a banalização e perpetuação deste mal na sociedade. Em somatória à isso, o desinteresse causado pela pressa e estresse urbano tem contribuído para o aumento de pessoas deprimidas. Ficam claros os impactos da depressão no contexto atual. Assim como ocorre com a diabetes e a AIDS, a depressão mata e precisa ser prevenida através de campanhas e a sua desbanalização também se torna necessária, assim como o incentivo ao uso da Central de Valorização da Vida e a busca por ajuda profissional.