Título da redação:

Depressão e suicídio como questão de saúde pública

Tema de redação: A questão da depressão e seus impactos na sociedade

Redação enviada em 14/10/2016

Segundo a OMS, a depressão acomete cerca de 350 milhões de pessoas no mundo todo. Nesse contexto, governos e órgãos de saúde mundiais focam sua atenção nesta doença mental que já se torna uma questão de saúde pública. É necessário, contudo, considerar o atual contexto socioeconômico mundial e os crescentes casos de suicídios, os quais estão associados diretamente com os quadros graves de depressão. Os indivíduos depressivos manifestam a doença devido a múltiplos fatores, no entanto, o meio em que estão inseridos pode influenciar de maneira que acentue os sintomas. No Brasil, por exemplo, o atual cenário de recessão econômica acompanhado de uma polarização política que divide a sociedade pode ter efeitos agravantes sobre o indivíduo que, diante da frustração e desesperança com o funcionamento das instituições democráticas brasileiras, já apresenta predisposições biológicas e psicológicas para a depressão. Ou seja, o ambiente social atua como complicador da doença e não como um determinante desta. Do mesmo modo, o aumento de casos de tentativas de suicídio é uma das consequências associadas ao agravamento dos casos de depressão. Segundo a própria OMS, 20 milhões de pessoas tentam se suicidar por ano, e para entender isto, há dois pontos importantes, primeiro: existe um tabu que rodeia o debate sobre o suicídio, relacionado, principalmente, a questões religiosas cristãs, as quais condenam fortemente os suicidas; segundo: a falta de discussão séria a respeito desta problemática de saúde pública. Juntos, estes dois fatores contribuem para o silenciamento das vítimas que necessitam de auxílio da sociedade. Portanto, dado o contexto , cabem medidas. A ONU, através de sua agência de saúde supranacional, a OMS, deve estipular políticas de saúde pública para todas as nações integrantes, estimulando-as em investirem na prevenção e tratamento de doenças mentais, desde campanhas que instruam os indivíduos a buscar ajuda terapêutica quando for necessário à criação de centros de atendimento a suicidas com depressão avançada, evitando, assim, consequências piores como a morte destas pessoas.