Desde meados dos anos 90 a Organização Mundial de Saúde já alertava o mundo sobre uma nova doença associada a vida contemporânea, a depressão. Fatores negativos, atrelados as necessidades do século XXI, contribuem para o agravamento do quadro clínico. Contudo, medidas plausíveis para o rastreamento do perfil do doente e abordagens efetivas para o tratamento precisão ser colocadas em pauta em reuniões governamentais. A depressão, segundo o Ministério da Saúde consiste em um transtorno causado por inúmeras alterações químicas, atingindo os principais neurotransmissores sinápticos como: a noradrenalina, serotonina e em menor proporção a dopamina. As exigências da vida moderna, as cobranças diárias, metas empresarias, o trânsito caótico; tudo ao redor do indivíduo com propensão ao desequilíbrio emocional, serve de estopim para exacerbação da doença. Já a população em geral, sediadas pela correria do dia a dia, deixam passar desapercebido tal transtorno que esta a soltas pelas ruas, presente no âmbito familiar e quando nos damos por conta, aquele ente querido com um quadro agudo da doença e que não teve como ser diagnosticado precocemente, devido à dificuldade de se expor, acaba tendo como fim; o suicídio. Além disso, a sociedade aborda o depressivo com deboche, acabam taxando o paciente como fraco, covarde, preguiçoso, tal atitude é gerada pela falta de informação, o que contribui para o agravamento da situação clínica do enfermo, perdido em meio inúmeros conflitos internos. Por conseguinte, massacre como do último atirador em Dallas nos Estados Unidos e tantos outros pelo mundo, são vistos de diferentes maneiras, frente as inúmeras lentes; ocasionando divergências de opinião sobre o assunto. Especialistas em criminalística, veem essa situação como um cenário cruel e vingativo; já psicólogos, psiquiatras enfatizam o distúrbio emocional. Quem está certo? Todavia, independente de opiniões, visando somente reintegração social, algumas igrejas, abordam o assunto como um problema espiritual e oferecem ajuda aos necessitados por intermédio de reuniões semanais, como é o caso da IURD – Igreja Universal do Reino de Deus, que promove encontros em que o foco é a busca espiritual. Vale ressaltar que inúmeras pessoas alcançaram a transformação através da fé, sem recorrer a nenhuma medicação auxiliar e testemunham sua libertação nas diferentes plataformas sociais a fim de incentivar outras pessoas a saírem da escuridão. Mediante ao exposto, fica claro que a depressão é uma questão de saúde pública e seus transtornos na sociedade são graves. O ministério da saúde deve enfatizar a triagem principalmente nas UBS -Unidades Básicas de Saúde, capacitando seu corpo clínico para diagnosticar o enfermo precocemente; a logística necessária deverá ser por intermédio de reciclagem de todo conteúdo teórico sobre a depressão e seus agravantes em um único encontro semanal de 4 horas de atividade, ministrado por um especialista sobre o assunto. Propagandas (televisão, rádio, internet) enfatizando os sintomas e oferecendo refúgio aos necessitados em casas de acolhimento, a criação de um 0800 de apoio assistencial, são medidas cabíveis, porém, o governo federal deverá direcionar recursos do tesouro para a implementação das atividades em toda a rede pública de saúde. Quem sabe em 2030 estejamos livre dessa mal que assola drasticamente o mundo.