Com o movimento de industrialização ligado ao capitalismo, é comum que se observe pessoas vivendo em condições um tanto questionáveis devido ao ritmo acelerado adquirido. Esse ritmo, como consequência da luta pela sobrevivência, pode ser considerado um dos fatores mais relevantes quando se trata da saúde mental de cada indivíduo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem abordado o tema com foco no “mal do século”, a depressão. O transtorno citado é apontado como causa de, no mínimo, um milhão de mortes por ano, causadas pelo mau relacionamento social, falta de comunicação familiar, altos índices de desemprego, assim como condições socioeconômicas e as comorbidades, ou seja, desenvolvimento de uma ou mais enfermidades em decorrência de outra, a de origem, como doenças crônicas. Assim como outros transtornos mentais, a depressão não tem rosto e se faz de forma silenciosa, e por muitas vezes é menosprezada à impotência, falta de esforço ou preguiça, mascarada pela ignorância social, o que complica ainda mais a procura pelo tratamento adequado. Porém, há a disponibilidade de recursos deferidos por lei ligados à saúde básica como, por exemplo, postos de saúde que fazem o encaminhamento para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da região mais próxima a que o paciente se encontra. Campanhas têm sido desenvolvidas para a resolução do impasse. No Brasil, confere-se no mês de setembro a visibilidade do assunto através do Setembro Amarelo, que tem como objetivo dar voz àqueles que se sentem oprimidos. Já nos EUA, Michelle Obama participou da conscientização de que transtornos mentais têm cura, citando que a busca por ajuda não é um sinal de fraqueza. Em decorrência disso, conclui-se que não se faz necessária apenas a divulgação do problema, mas também em trabalhar a conscientização da população dos riscos de cada transtorno, apresentando as causas e consequências. Visando a orientação dos que se encontra em tal situação, investimentos governamentais por meio da acessibilidade à informação, como panfletagem e banners disponibilizados pela Secretaria de Saúde, bem como a conscientização da necessidade do apoio familiar são de suma importância.