A eclosão da Primeira Guerra Mundial, desencadeou uma falência econômica que afetou diretamente a Europa, palco das principais disputas do conflito. Contralateral, a Guerra serviu para alavancar a economia de outros países, como os Estados Unidos que, se apossou do amplo mercado consumidor europeu, fundamentando o “American Way of Life”. Em outubro de 1929, os americanos foram surpreendidos pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque. Com o período de recessão, registrou-se uma série de suicídios vindo de pessoas que não aceitavam ser rebaixadas a classes sociais inferiores. Assim, é indubitável que, as consequências da grande crise tem certeiro embasamento sintomático de um quadro depressivo, justificando assim seu título histórico de Grande Depressão. Primordialmente, é relevante destacar que, a depressão não é um revés contemporâneo e tem fundamentos ligados a contextos históricos-literários como a Segunda Fase do Romantismo. Nesta época, os indivíduos, principalmente jovens, tinham como refúgio a morte que, para eles solucionaria suas atribulações existenciais. Com sintomas claramente ligados a depressão em que prevalecia tristeza, pessimismo e baixa autoestima o indivíduo era incapacitado de realizar as mais diversas atividades. Segundo a OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina por isso, em 2014 o Centro de Valorização da Vida criou a campanha de prevenção do suicídio _ setembro amarelo _ já que a doença é o principal fator determinante para um indivíduo a cometê-lo. Além disso, hoje, a depressão atinge os mais diversos públicos independente do contexto. Na série ‘Sob Pressão’, exibida pela rede globo a médica Carolina desenvolveu graves transtornos psicológicos, como a depressão, depois de ter sido abusada pelo próprio pai na infância e encontra na autoflagelação uma saída contra essa angústia. Ademais, o principal obstáculo enfrentado por quem convive com esse mal, é que as pessoas que não conhecimento prévio sobre o assunto, acabam fazendo pré julgamentos, principalmente supondo que os pacientes estejam sofrendo com o transtorno por opção, agravando o quadro. Seguindo essa linha de raciocínio, suicídios poderiam ser evitados se a depressão não fosse banalizada e se os pacientes recebessem a devida atenção profissional e afetiva. Neste contexto, vê se necessária a elaboração e implantação de medidas que solucionem o impasse. É necessário que a Receita Federal sancione parte dos impostos arrecadados para implantação de centros de apoio a quem sofre com a doença, com acompanhamento psicológico, para que essas pessoas o busquem como refúgio ao invés de alternativas como o suicídio. Seria interessante também que, a campanha do setembro amarelo fosse estendida por todos os meses do ano e de forma que conseguisse atingir mais públicos, alertando amigos e familiares a ao perceberem alguma anormalidade comportamental, não subjugar e sim auxiliar na busca por um profissional da saúde.