Segundo Zymunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sócias, políticas e econômicas é característico da modernidade líquida vivida no século XX. A depressão e o suicídio são heranças dessa liquidez, cujo relacionamentos menos duradouros, reflete essa realidade. No que se refere à fluidez, no qual relações amorosas entre pessoas é mais momentânea, torna-se comum a partir dela originar-se a depressão. Pois, términos frequentes por traição, desencadeiam reações químicas e hormonais que viabilizam esse estado psicológico. Nesse sentido o apego ao outro é um problema. Numa sociedade que valoriza a rapidez e consequente fluidez nas relações sócias e afetivas, aquele que vai no sentido contrário torna-se vulnerável, sozinho e se ver sem escolha, a não ser, o suicídio. O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço de casos de depressão como também o suicídio, deve ser efetivo, uma vez que ambos estão ligados a relacionamentos e outras interações sócias transitórias. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, amenizar relações essas não duradouras, em busca de construir uma sociedade mais fiel aos princípios da valorização e individualidade do outro, conforme é presente na constituição.