Na década de 50, ocorreu o falecimento do ex-presidente Getúlio Vargas, este fato foi consequência de um suicídio. Após escrever sua carta, o pai dos pobres apontou uma arma para seu peito na tentativa de cessas suas dores. A depressão, o mal do século XXI, representa uma doença sem preconceitos, todos estão subordinados aos seus impactos psicológicos. Nesse viés, é primordial a abertura de espaço para um debate nacional no que tange a falta de esclarecimento da doença e a sua sequela na população. Sabidamente, ou deve-se saber, há uma ascendência do número de casos de depressão, isto é signo de mudanças do comportamento humano. A doença, que não escolhe o fenótipo – preto, pardo e branco – e nem a conta bancária, seleciona as dores singulares dos indivíduos. Constitui-se, assim, uma patologia silenciosa que agride o ser humano. A correria do dia a dia aliada ao estresse comprometem a vitalidade mental, uma vez que o cidadão se encontra desemparado diante de tantos problemas pessoais. Na esteira desse raciocínio, criou-se, ao decorrer dos anos, a romantização da mazela psíquica. O juízo de valor – julgamento subjetivo – estabelece um entrave para portadores da doença, visto que têm pessoas que não levam essa a sério e comprometem o devido apoio que cidadão doente merece. Além disso, há pouca representatividade de filmes que abordam o tema sem transformá-lo em ficção de aventura, diante disso, corrobora numa sociedade má esclarecida. Frente a essa realidade, o diálogo entre a população e especialistas do tema se faz necessário. Para tanto, cabe ao meio formador de opinião, a mídia, abordar em seus programas de entretenimento e novelas sobre a depressão em sua essência, sem superficialidade. Cabe, também, às instituições educacionais, elaborarem panfletos e cartilhas que expliquem, em síntese, para os alunos e seus pais como notar indícios da doença entre seus amigos e familiares. Dessa forma, minimizaria os problemas que ocasionou a morte de Getúlio Vargas.