No século XIX a corrente literária ultrarromantismo expressou uma questão social que ficou conhecida como "mal do século", atualmente, depressão. Dessa forma percebe-se a dificuldade da sociedade em exterminá-la, pois até hoje provoca mazelas na vida de milhões de pessoas. Tal dilema é fruto, principalmente, da dificuldade do aparato público em sana-la e da sociedade. Com a crescente afirmação das redes sociais o indivíduo, por vezes, camufla suas questões psicológicas em detrimento de sua auto-imagem frente aos demais de sua comunidade digital, pois segundo Zygmunt Baumam, o indivíduo contemporâneo sem uma imagem social boa é tido como inexistente. Sendo assim, a interiorização das questões psicológicas que deveriam ser tratadas e acompanhadas por especialistas e seu grupo social acabam afetando-o bastante. Outro fator que corrobora para o aumento de deprimidos é a falta de medidas voltadas à questão, haja vista que a identificação do doente é difícil e o tema é considerado de menor importância perante as autoridades. Nessa perspectiva, sem a inserção do Estado, a questão continuará a atacar todas as classes e faixas etárias. Em suma, a dificuldade de diagnosticação, acobertamento pessoal e desamparo estatal leva a um aumento do número de casos no decorrer do tempo, para resolver os problemas supracitados poder-se-ia em parceria com o Ministério da educação e teóricos da área tornarem parte da emenda curricular dos alunos, do primário ao término, o tema e capacitar o docente das ciências humanas através de cursos, ao longo da carreira, e implementação curricular na sua formação acadêmica. Como também a criação de um portal, na internet, com promoção de conteúdo educativo e aumento de vagas nas instituições federais e estaduais em psicologia e demais estudos sociais, para que possam atuar nas escolas. Afinal, como disse Paulo freire, a educação é a prática para a liberdade.