Título da redação:

A doença democrática

Proposta: A questão da depressão e seus impactos na sociedade

Redação enviada em 03/04/2017

Na segunda fase do Romantismo, mais conhecida como mal do século, os escritores enfatizavam o pessimismo, a melancolia e a tristeza profunda que sentiam, assim como as suas imensas vontades de chegar até a morte. Com isso, além do óbito precoce que acabavam tendo, denunciavam indiretamente ao escrever uma doença antiga, mais conhecida como depressão, que até hoje atinge a população, independente de idade ou classe social e que precisa urgentemente ser combatida. Ao fazer um panorama das causas dessa enfermidade, é visto que ao se analisar as relações familiares e sociais dos indivíduos doentes percebe-se que são aqueles que não possuem apoio ou atenção da família, como dos pais que não aceitam os filhos com problemas psicológicos - sendo que cerca de 12% dos jovens de 12 a 18 possuem depressão - ou do conjugue que não interessa em ajudar, por exemplo. Ademais, em referencia às relações sociais, o adoentado é aquele a principio é isolado dos grupos sociais por parecer diferente. Deve-se levar em conta que uma sociedade machista impede a livre expressão do ser, pois considera aquele que a faz mal visto pela comunidade, tornando-se um potencializador muito importante. Em consequência disso, é dado que os impactos são diversos, entre eles está o econômico uma vez que o enfermo se sente desmotivado, sua capacidade de produção fica muito baixa. Além do mais, ao serem isolados no convívio social, os doentes preferem continuar nesse estado e não buscam novas interações, desse modo em jovens facilita a evasão escolar e a perda de rendimento. Juntamente a tudo isso, a depressão também pode facilitar o aparecimento de outras doenças, como a compulsão em comer, alcoolismo e dependência em drogas, favorecendo a obesidade, problemas cardiovasculares e mentais. E, no ápice da patologia, pode levar a pessoa ao suicídio, sendo esse o ato que tira a vida de cerca de 25 pessoas por dia no Brasil. Em decorrência dos fatos analisados, é necessário que medidas sejam tomadas. Assim sendo, o Ministério da Saúde, juntamente com o do Trabalho e o da Educação, poderiam implementar em empresas, instituições e escolas avaliações psicológicas anuais para determinar o estado emocional dos trabalhadores e alunos e encaminhar, quando for preciso, a uma orientação médica. Paralelamente, as ONGs e a mídia poderiam organizar rodas de conversas entre os enfermos e os leigos no assunto e documentários que expõem as dificuldades dos acometidos. Concomitante, as famílias não podem fechar os olhos para o membro que tem o problema e pensar que é algo passageiro ou de momento, pois é dela que vem o maior apoio. E, por fim, cabe à sociedade e ao indivíduo saber que a depressão é como qualquer doença, porque quanto menos se espera ela está presente, então é preciso entender e ajudar quem tem, posto que se um dia a possuir, a luta para vence-la não será tão dolorosa.