Título da redação:

A depressão no pós-moderno

Tema de redação: A questão da depressão e seus impactos na sociedade

Redação enviada em 25/10/2016

A depressão é uma problemática que permeou a sociedade brasileira durante toda a sua história. Tal fato mostra-se visível a partir de uma análise do exercícios das escolas literárias no país, uma vez que a segunda fase do Romantismo, o Simbolismo e a terceira geração do Modernismo foram movimentos de diferentes períodos que, apesar disso, abordaram essa questão com frequência. No entanto, a recorrência dessa patologia se estendeu até a contemporaneidade, mostrando-se um dos temas mais discutidos no mundo pós -moderno. Desse modo, infere-se que a depressão e seus impactos apresentam-se como intensamente nocivos ao real desenvolvimento nacional. Em uma primeira análise, sob a ótica econômica, a depressão e seus impactos mostram-se danosos por afetarem negativamente o próprio trabalhador, base do enriquecimento financeiro das empresas. A fundamentação dessa correlação alicerça-se no fato de que os funcionários depressivos tendem a possuir produtividades intensamente menores; além de trabalharem de forma menos proativa para o avanço do campo das inovações científicas e criativas da instituição, uma vez que, muitas vezes, apresentam-se exauridos física e emocionalmente. Nesse sentido, se ascendeu no contexto internacional a corrente ideológica do Volvismo, a qual consiste num padrão de gestão macro-empresarial que visa o bem estar e a completa satisfação pessoal, profissional e emocional dos trabalhadores a partir de diversos benefícios e acompanhamentos psicológicos; de modo que se alcance, assim, a maximização do lucro das corporações em questão. Dessa maneira, esse novo método de administração institucional mostra-se eficiente por acarretar tanto o aumento do ganho financeiro, quanto o significativo combate à depressão. Ademais, em um segundo plano, os efeitos da depressão mostram-se gradativamente mais nocivos por estarem fortemente enraizados na sociedade hodierna. Essa motivação sociológica decorre do fato de que o estigma da negligência à depressão tornou-se um hábito cultural no Brasil. Esse panorama se perpetua uma vez que não existem projetos estatais efetivos de assistência às vítimas dessa doença; o que torna a reabilitação e a reinserção dessas pessoas no âmbito da convivência social um desafio ainda maior. Assim, tal ação governamental apresenta-se como expressão metonímica de um pensamento populacional hegemônico que trata a depressão não como uma patologia, mas com uma forma que o indivíduo busca de se ausentar de suas responsabilidades particulares e, ainda, de conseguir algum tipo e visibilidade. Todo esse processo fomenta a dificuldade de combate à questão da depressão no país e, consequentemente, a perpetuação dessa problemática. Percebe-se, portanto, que as patologias depressivas apresentam-se como um empecilho ao efetivo progresso da nação. Desse modo, faz-se necessário que o Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Educação e Cultura, reverta esse panorama de negligência e não combate à depressão. Tal reversão deve se dar por meio da implementação de aulas na grade curricular básica escolar que visem a discutir a relevância dessa patologia, de maneira a estruturar a gravidade do tema e solidificar noções cívicas de empatia e solidariedade para com os doente na psiqué dos alunos Além disso, cabe ao Poder Legislativo a criação de leis que estimulem o maior repasse de verbas para a construção de centros estatais de reabilitação de pacientes com depressão ao redor do país. Assim, moldar-se-á um Brasil mais justo, coeso, harmônico e, por fim, humano.