Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercados em detrimento dos valores humanos essenciais. Nesse sentido convém preocuparmos com uma epidemia social que não tem devida atenção, a depressão. Para Émilie Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e condições de que depende. Analogamente, saber distinguir uma adversidade, como a tristeza comum, de uma doença psiquiátrica, crônica e que ocorre em qualquer fase da vida, é um desafio, embora seu tratamento se faz necessário. Diante disso, reconhecer a depressão prematuramente, pode evitar um futuro suicídio, em razão de ser uma doença silenciosa. Outra preocupação constante, é com os males que essa epidemia trás, não somente ao indivíduo, mas na atividade econômica do país, porquanto é a 4º principal causa de incapacitação no mundo, segundo a OMS. Em consequência disso, além de diminuir a qualidade de vida do trabalhador, diminui também a economia, por conta de suscitar o desemprego e não haver o fluxo de capital no mercado, logo, proporciona um desenvolvimento lento do país. Dessa forma, a prevenção é uma saída viável, tanto para empresas privadas, quanto para o governo, com investimentos em profissionais especializados que sabem lidar com a depressão. Evidencia-se, portanto, a falta de atenção da sociedade e do governo em relação a depressão, dado que a doença é tratada como uma adversidade normal do indivíduo. Há de se promover, por parte do Estado, investimento na educação especializada, à vista disso, o aumento de profissionais de saúde com competência de atender a população atingida por essa doença crônica, mediante de tratamento e orientações. É imprescindível a participação da sociedade no reconhecimento e prevenção da depressão, isto é, a prática e de exercícios físicos e alimentação saudável, além de minimizar as chances de desenvolve-la, são um dos tratamentos. Afinal, segundo Platão defendia, o importante não é apenas viver, mas viver bem.