Título da redação:

A depressão do brasileiro como reflexo da negligência do Estado.

Proposta: A questão da depressão e seus impactos na sociedade

Redação enviada em 03/10/2016

"Se meus olhos mostrassem minha alma, todos que me vêem sorrir chorariam comigo". Tal frase, imortalizada na voz do vocalista do grupo Nirvana-Kurt Cobain- chama atenção não apenas pelo seu teor depressivo, mas também por por pertencer a uma vítima de depressão que buscou no suicídio o alívio para sua dor. Não obstante da realidade atual, a morte do cantor insere-se ao conceito de aumento de casos de doenças psicossomáticas assim como ansiedade e síndrome do pânico, que culminam em quadros depressivos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão, em 2030, será a segunda maior causa de morte no mundo. Todavia, vale ressaltar que o Brasil já possui pesquisas sobre o tema da mesma forma que detém consciências das consequências da doença. Para tanto, elenca-se o expressante de gasto público, com tratamentos e medicações psicotrópicas, que cresce tangencialmente ao número de doenças cardiovasculares decorrentes da elevação da pressão arterial de pacientes depressivos, haja visto que essa eleva os níveis de adrenalina no organismo da mesma forma que diminui os índices de serotonina. Todavia, a realidade brasileira impede a solução do problema. Tendo em vista que, em primeiro lugar, o sistema público de saúde nacional não enquadra doenças psiquiátricas, a exemplo da depressão, dentre as abordagens do programa de saúde da família - ou seja, dentre as diretrizes da assistência primária- além do fato de não existe um pólo assistencial às mulheres e aos idosos - potenciais pacientes visto as naturais instabilidades hormonais- e que, por fim, o país ainda sucumbe a falta de um órgão ou setor responsável por reiterar socialmente ex pacientes às atividades sociais, o isolamento e o suicídio impactam diretamente na sociedade atual. Diante do exposto, medidas são necessárias. Inicialmente, é dever do Ministério da Saúde desenvolver um núcleo de assistência básica à saúde mental onde a população encontre atendimento de assistentes sociais, psiquiatras e psicólogos. Dessa forma, a procura pelo atendimento terciário e o agramento dos quadros clínicos diminuirão. Ao mesmo tempo, espera-se uma parceria entre universidades e Ongs para obtenção de um perfil desse paciente para que, juntamente com as prefeituras municipais, seja ofertado palestras e grupos de apoio com psicólogos afim de prevenir o aumento das estatísticas nacionais dessa doença. Por fim, cabe aos integrantes das famílias identificar os primeiros sinais patológicos para que tão logo seja iniciado o tratamento adequado do paciente, para que assim haja sucesso na caminhada pela saúde psicológica do indivíduo.