Atualmente a complexidade da vida contemporânea em conjunto com o cotidiano rotineiro vem acarretando diferentes transtornos à vida dos cidadãos. Nesse sentido, doenças das mais diversas estão se desenvolvendo, porém uma está tomando dimensões perigosas, a depressão. Assim, estudiosos já consideram ela como a doença do século; contudo o que este século tem que o torna especifico dos demais? As relações que hoje são o status quo da sociedade – formação profissional, trabalho e consumo – interferem de modo rigoroso na sociabilidade moderna, já que busca padronizar um devido estilo de vida. Diante disso, ergue-se uma complexa sociedade em conjunto com inúmeras determinações sociais, onde o indivíduo se vê impelido a suprir essas novas necessidades que são advindas do exterior de seu ser. Levando-se em consideração esses aspectos da sociedade moderna se torna possível vislumbrar, entender, até certo ponto, a ascendência de doenças psíquicas, como a depressão. Ademais, o ser humano deparando-se, vis-à-vis, a diversas exigências, desenvolve patologias psicológicas, uma vez que se encontra incapaz de sanar todos os imperativos da sociedade contemporânea. Desse modo, a sociedade como um todo deve se revolucionar, ou seja, lutar por uma outra sociabilidade que não gire em torno da exploração do homem pelo homem, assim transformando a realidade em um lugar onde seja possível desenvolver as diversas potencialidades inerentes ao gênero humano. Assim sendo, é imprescindível erradicar essa estrutura social que é a causadora de tantos males, a depressão sendo um deles, que busca limitar o ser humano e o prender em um digno livro “huxleniano”.