Título da redação:

Novo Apartheid

Tema de redação: A questão da apropriação cultural no Brasil

Redação enviada em 30/04/2017

Nos últimos anos, tem -se inflamado uma discussão, sobretudo, na internet sobre o termo apropriação cultural. O tema questiona o uso de elementos de origem negra por pessoas brancas. Todavia, no Brasil com todo seu mestiçamento e sincretismo histórico, é possível setorizar um tipo cultura para cada grupo, assim como ocorreu em outros países? Nos Estados Unidos por exemplo, a mestiçagem nunca foi aceita e por séculos foi proibido o casamento interétnico. Lá, a classificação binária e rígida polarizou as raças entre brancas e negras, por conseguinte, coisas de branco e coisas de preto e até hoje não foi totalmente dissolvida. Logo, a questão da apropriação cultural tenta abolir a ambiguidade brasileira e transformar nossa sociedade à maneira dos Estados Unidos. Contudo, a mescla no Brasil foi total, não sendo apenas biológica, mas também social e cultural. Dessa maneira, tornou-se impossível classificar o que é de branco e o que é de preto. A cultura africana está enraizada em âmbito nacional desde a colonização do território brasileiro, por exemplo, 60% dos adeptos das religiões afro são brancos, segundo a Secretaria Nacional de Promoção de Igualdade Racial. Ademais, é comum o uso de dreadlocks, turbante etc por pessoas brancas, mostrando assim, que aqui foi amplamente difunda e aceita a cultura afro, desconstruindo o esteriótipo de que estes costumes são praticadas somente por negros. Portanto, ao invés do apartheid da cultura afro, é preciso disseminá-la para todos. Logo, algumas medidas governamentais e sociais devem ser implementadas. A primeira precisa impor nas escolas públicas, aulas, palestras e debates sobre a diversidade cultural brasileira (raça, religião, costumes etc) e sua chegada até aqui. A segunda, deve por meio dos pais, refutar para seus filhos e parentes a importância do respeito e tolerância com o próximo. No mais, todos devem se jogar ao uso, seja de roupas, acessórios e religião que quiser, fazendo uso do seu livre arbítrio pois, tudo que chegou ao Brasil não permaneceu puro, sendo assim pertence a todos.