Título da redação:

Luta pela história

Proposta: A questão da apropriação cultural no Brasil

Redação enviada em 02/08/2017

A contrarreforma foi conhecida como a tentativa da igreja católica em se restabelecer, haja vista das inúmeras religiões surgidas a partir da reforma protestante. Neste contexto, o avanço missionário jesuítico foi maciço no Brasil, com o objetivo de alcançar índios e convertê-los. A apropriação cultural brasileira não é vista de modo negativo quando o dominado segue o dominador, mas quando o dominante utiliza da cultura da minoria de forma equivocada. É necessário ter cautela com a utilização de recursos culturais diferentes para que não ocorra para com o possuidor da mesma. No entanto, o Darwinismo social está inconscientemente atrelado aos costumes do povo europeu, tendo em vista que em séculos passados portugueses formaram uma relação de dominador para com os habitantes do Brasil colônia. Mesmo no século XXI a miscigenação ser algo forte, ainda há uma raiz preconceituosa na aculturação com fins de promover a moda. A utilização de elementos sem que haja o entendimento dos seus valores históricos e simbólicos para determinado povo, não é ilegal, mas torna-se antiético. Há um contexto histórico para cada costume e ‘‘o empréstimo cultural’’ de um povo para aplicação de algo novo a ser seguido por toda a sociedade como leiga acerca dos seus significados reais é levar crédito por uma fama, que não deveria ser sua. Portanto, fica claro, o desrespeito por trás da apropriação cultural no Brasil, haja vista que o povo dominante possui resquícios do Darwinismo social, utilizando da própria aculturação para somente assim tal costume ser, enfim, aceito pela sociedade. Logo, se faz necessário por meio de jornais, ficções e propagandas igualar o grau de importância de todas as culturas brasileiras, de forma a explicar aos poucos toda a base histórica cultural que o Brasil possui. Outra forma de diminuir o processo de apropriação seria pela educação formal nas escolas, apoiadas pelo Ministério da Educação na formação de mais uma cadeira curricular de ensino fundamenta com o objetivo de informar e formar a sua cultura. Da mesma forma que os jesuítas no século XVI lutaram para converter os índios ao catolicismo, o Brasil precisa lutar para que suas raízes históricas não sejam apropriadas por outros povos.