No Brasil, antes de 1500, ano de sua descoberta, a população era constituída por nativos que possuíam costumes próprios, diferente das civilizações existentes na época. Com a chegada dos portugueses, o processo de miscigenação foi iniciado, sendo intensificado a partir da chegada de outros imigrantes, como os europeus, asiáticos e africanos. Cada povo trouxe consigo características de sua origem, tornando a cultura brasileira rica e cheia de contrastes. Mesmo com tanta diversidade e mistura, a ideia de apropriação cultural torna-se um dos temas que ganham visibilidade, principalmente em redes sociais, provocando um questionamento sobre até onde a liberdade de expressão individual pode chegar. A ideia de apropriação, surge quando um indivíduo incorpora elementos de outras culturas a sua. Esse termo ganhou notoriedade quando uma menina branca, que tinha perdido o cabelo por conta de um câncer, foi julgada por estar usando um turbante. As pessoas que a criticaram alegaram que esse acessório é característico da ancestralidade africana, logo, ela estaria desrespeitando-os. Essa atitude no país das diferenças pode ser vista como algo paradoxal, visto que os costumes locais surgiram a partir de uma fusão, contendo também traços afro. Além disso, a globalização e o avanço dos meios de comunicação provocaram uma quebra de barreiras, fazendo com que haja uma transmissão de valores. Ademais, na Constituição Brasileira está presente o direito à liberdade de expressão, ou seja, qualquer indivíduo pode se manifestar livremente. Sendo assim, não é ilegal o uso de artefatos, como o turbante, cocais ou tranças. Então, o impedimento do uso desses objetos pela cor de pele ou etnia seria uma restrição da liberdade individual, que poderia gerar consequências, como o aumento da segregação. Se a ideia de apropriação for levada ao extremo, o Axé, estilo musical baiano, não poderia ser cantado por qualquer pessoa, mas somente por negros. Essa atitude se colocada em pratica excluiria muitos que gostam do ritmo. Portanto, muitas medidas poderiam ser tomadas para que houvesse uma maior tolerância as diferenças do próximo. O Ministério da Cultura poderia realizar palestras para que todos pudessem compreender os seus costumes locais, além disso, ele poderia utilizar os meios de transmissão de mídia e as redes sociais, fazendo vídeos, textos e fotos para conscientização. O povo também deve procurar apender mais sobre as diferenças, buscando informações em livros ou na internet. Educação é fundamental na formação do caráter, então seria importante se as escolas realizassem projetos, como feiras culturais, para melhorar a compreensão dos estudantes. Assim, com essas iniciativas, o conhecimento transformaria o olhar de todos.