A cultura afro-brasileira tornou-se presente no Brasil principalmente através da mão de obra escrava que cresceu muito no fim do século XVII, resistindo até hoje às coerções dos colonizadores portugueses. Todavia, o país atualmente participa de uma inversão de valores culturais, notoriamente no quesito apropriação de culturas oprimidas, como é o caso da africana. O valor que não tiveram no passado, participa agora da moda ocidental. Ao serem explorados os escravos foram impedidos de manifestar suas vontades: tiraram-lhes a liberdade e os costumes resistiram com muita luta, após muitos anos de imposição da cultura europeia e católica. O negro até hoje é mais visto por suas roupas, religião, entre outras manifestações culturais advindas dessa época. Quando uma mulher branca utiliza o turbante (elemento de cultura africana) está apropriando-se de um elemento que carrega a história de um povo dominado, negro. Além de contribuir para o apagamento da cultura do povo dominado e a vaidade do dominante. Será que uma mulher negra de turbante será tão admirada quanto uma mulher branca ao usá-lo? Tendo em vista os aspectos observados, a apropriação cultural presente e difundida nas mídias não é nada mais que uma das faces do racismo que deve ser questionada, e em casos extremos, combatida. A informação nas escolas, o ativismos negro e a difusão nas mídias sociais podem contribuir para o desenvolvimento e consciência de um povo mais tolerante e compreensivo.