Brasil, país conhecido por sua diversidade e ampla miscigenação, infelizmente, carrega consigo um grande histórico cultural preconceituoso. Nos dias atuais, não é necessário muito esforço para encontrar discussões sobre tal tema por meio das Mídias Sociais, nas quais diariamente a intitulada “Apropriação Cultural“ ganha forma, vida e motivos para debates. A população brasileira, caracterizada por sua diversidade, abrange diversos tipos de costumes originados de seus ascendentes, como os indígenas, europeus, africanos e etc. No entanto, essa pluralidade nem sempre é vista com bons olhos. A cultura brasileira, iniciada em um processo não muito amistoso entre índios, brancos e negros, foi marcada pela exploração e violência impostas aos colonizados, os quais a seu modo, tentavam impor sua religião, costumes e interesses. Em grupos minoritários, são utilizados símbolos para representar seus ideais de luta, como os “dreads”, turbantes, tranças boxeadoras e etc. Tais elementos, representam o orgulho e a resistência étnica e racial. Nesse sentido, a apropriação cultural - adoção inapropriada de elementos específicos culturais por um grupo diferente -, acaba transformando tais adereços em objetos comerciais lucrativos, tornando-se um empecilho na concretização em representar tais culturas historicamente oprimidas. A Apropriação Cultural, acaba sendo um assunto sensível na atual era digital, tornando-se comum polêmicas diárias envolvendo artistas e marcas acusadas da utilização indevida de adornos culturais nas redes sociais. Todavia, após tanta repercussão, não é fácil distinguir entre apropriação cultural e possíveis homenagens e inspirações, dado que, de acordo com a Constituição, todo indivíduo é livre, abrangendo também sua forma de se vestir. Por conseguinte, o Brasil, sendo um país de grande diversidade, deve assegurar o direito populacional de seguir os costumes e crenças que mais se identificarem, desde que não prejudique seu próximo. Portanto, é importante considerar que tal tema possui necessidade didática, sendo imprescindível que seja tratado na escola, no qual cabe aos professores devidamente capacitados, instruir seus alunos, para que entendam a importância histórica da diversidade cultural que formou o país. Ademais, convém ao Estado promover campanhas juntamente com o Setor Midiático, a fim de ressaltar a importância dos fundamentos que representam os grupos oprimidos, conscientizando-os e transformando as diversidades da união cultural sem desigualdades.