Discussões acerca do tema ‘’apropriação cultural’’ vêm se tornando frequentes entre diferentes grupos étnicos, gerando conflitos principalmente nas redes sociais. A cultura africana -ou cultura negra- é o principal objeto de debate. A incorporação de acessórios associados á cultura africana por pessoas de diferentes culturas divide opiniões: enquanto alguns encaram como moda e/ou liberdade individual, outros enxergam como uma afronta ao passado de opressão e preconceito vivido pelos negros e sua cultura no mundo todo. Muitos usam suas redes sociais para denunciar a apropriação cultural como se fosse um bem palpável e tangível. Tal indignação corrobora para a perpetuação de um sentimento de dívida histórica, impedindo que o preconceito se finde em todas as suas formas. O compartilhamento e exaltação de uma cultura antes oprimida mostra a evolução do homem em sociedade, de maneira análoga ao pensamento de John Donne: ‘’Nenhum homem é uma ilha isolada’’, sendo o ser humano parte de um todo. Para a reversão de tal contexto, é necessário o investimento na educação, tanto por parte dos pais quanto do governo, quem em parceria ao Ministério de Educação e Cultura (MEC) deve incentivar as aulas de sociologia, com debates sobre temas como a cultura híbrida, por exemplo. Desta forma, seguindo o pensamento de Imannuel Kant, ‘’O homem é aquilo que a educação faz dele’’, o ser humano se tornaria mais apto à aceitação de seus semelhantes, e menos propenso à julgar.