Confúcio, filósofo chinês, uma vez afirmou que “A cultura está acima de qualquer diferença social”. Contudo, no século XXI, o que se observa é um conflito de ideias entre grupos minoritários e dominantes acerca da apropriação cultural no Brasil. Diante disso, vale ressaltar que um dos principais pilares dessa discursão é devido ao embate entre um pensamento de desvalorização contra um de liberdade. Dessa forma, é necessário analisar inicialmente essa temática para posteriormente apontar suas soluções. Primeiramente, nota-se que o uso indiscriminado de acessórios de outras etnias pode resultar em uma perda de identidade. Uma vez que isso só ocorre em razão de a indústria da moda dar outros significados a itens de determinadas culturas e o consumidor se utilizar apenas para nutrir a sua própria vaidade. Um exemplo claro que remete a essa situação são as calças rasgadas que representam uma resistência ao capitalismo, segundo o movimento “Hippie”. Entretanto, o que se ver nas lojas são essas calças a um preço superior em relação às comuns. Por conta disso, fica evidente que é fundamental informar a população sobre a simbologia desses objetos para impedir a sua depreciação. Ademais, é importante salientar a legitimidade que o cidadão tem de usar o que quiser sem sofrer com repressões. Isso porque muitas tribos se sentem no direito de coibir pessoas que se utilizam de seus mesmo trajes, quando estas não estão inseridas no mesmo circulo social daquelas. Um caso que constata isso ocorreu em Curitiba, em que uma estudante que usava turbante por ter leucemia foi questionada por duas mulheres negras o porquê do uso se ela era branca. Nesse sentido, fica claro que iniciativas devem ser tomadas para evitar essas práticas intolerantes. Diante desse contexto, urge a necessidade de resolver os dilemas que norteiam a apropriação cultural no Brasil. Portanto, em um primeiro plano, é crucial que o Estado possa ensinar a população sobre a simbologia de itens culturais, como introduzir nas escolas a disciplina de “Cultura e Sociedade”, em que os professores por meio de oficinas de leitura informem os alunos os verdadeiros significados desses objetos. Além disso, é primordial que a mídia denuncie em suas telenovelas o preconceito de “pertencimento cultural” praticados por grupos minoritários. Além do mais, ONGs devem explicar aos seus militantes sobre o direito de liberdade individual, para assim evitar futuras repressões. Com isso, pode-se enfim alcançar um equilíbrio acerca desse debate.