Sabe-se que o mundo encontra-se em constante mudança em diversos setores da sociedade, dentre eles, o de transporte que, principalmente,nas grandes cidades vem alterando-se para atender a demanda populacional. No entanto, por conta da criação do Uber, os taxistas, por não aceitarem a inserção desse novo serviço na sociedade geraram, com isso, uma série de manifestações agressivas contra os motoristas do Uber, transformando, dessa forma, uma disputa por mercado consumidor em um problema social. O aplicativo Uber foi criado em 2009, nos Estados Unidos,e tinha como objetivo principal reunir, em uma plataforma digital, motoristas de táxis diferenciados(utilizam carros pretos) e os consumidores desse serviço para facilitar a comunicação entre eles. Devido a qualidade do atendimento, esse aplicativo expandiu-se mundialmente chegando, inclusive, ao Brasil. Entretanto, os taxistas não aprovaram a inserção dessa ferramenta no Brasil, pois alegam que os motoristas desse aplicativo oferecem um preço abaixo do mercado caracterizando, assim, uma concorrência desleal, além da falta de fiscalizações por parte do governo, bem como a facilidade de cadastrar-se no aplicativo pois, diferentemente dos taxistas, os motoristas do Uber não precisam enfrentar burocracia para poderem circular e exercer a profissão. Contrário a isso, os usuários do Uber defendem o funcionamento do aplicativo pois muitos veem esse novo serviço como uma ferramenta eficaz e necessária para romper o monopólio dos taxistas sobre os serviços de transportes individuais, estimulando, com isso, a competição pelo mercado consumidor e, consequentemente, promovendo mudanças significativas nesse setor. Dentre as reclamações frequentes de quem utiliza o táxi constantemente para a locomoção está o preço abusivo sobre algumas corridas já que, por o cálculo ser realizado de acordo com a quilometragem e períodos parado, muitos motoristas escolhem caminhos mais longos e/ou que estão constantemente congestionados, agindo de forma desleal com o consumidor objetivando,com isso, um lucro máximo. Ainda nesse contexto, muitos denunciam o péssimo atendimento oferecido pelos taxistas por que, na maioria das vezes, alguns esquecem do profissionalismo e tentam manter uma relação interpessoal com o cliente a qual pode ser mal compreendida e confundida com desrespeito. Além disso, apesar dos avanços no meio técnico científico-informacional, em especial nas facilitações nas formas de pagamento, muitos taxistas ainda não aceitam cartões(crédito e/ou débito) como forma de pagamento limitando, dessa forma, os clientes. É notório, portanto, que a inclusão do Uber em algumas cidades brasileiras dividiu as opiniões na sociedade gerando, assim, diversas manifestações pró e contra o aplicativo. Dessa forma, para que os dois serviços possam coexistir na sociedade sem transtornos, é necessária uma maior fiscalização, pelo governo municipal, dos cadastros dos motoristas do Uber exigindo, desse modo, documentos de legalização e permissão para atuarem nessa profissão. Outrossim, é necessário estipular um piso referente a cobrança das corridas que seja comum a ambos os serviços, além da modernização das formas de pagamento e também melhorias dos táxis(carros novos, ar-condicionado, wi-fi livre). Com isso, os dois serviços sofrerão melhorias e o consumidor terá opções variada de escolha.