Nos últimos anos, as metrópoles nacionais sofrem com a baixa qualidade dos serviços prestados pelos táxis. Nesse contexto, o Uber chega ao Brasil em 2014 oferecendo um bom transporte privado que divide opiniões sobre sua legitimidade. Entretanto, por oferecer serviço similar ao taxi, deve ser reconhecido e possuir os mesmos direitos e deveres. De um lado, carros luxuosos, e motoristas selecionados; do outro, corridas caras e desconforto. Evidencia-se, diante desse cenário, que por suprir à demanda da população por transporte particular de qualidade em oposição a um precário, o Uber tende a atrair clientes que anteriormente utilizavam os taxis. Porém, a existência de empresas que fornecem mesmo serviço nunca anulou a existência de outra, apenas garante a livre concorrência e oferece ao consumidor a opção de escolha com qual serviço lhe agrada. Mas, é perceptível que para manter sua existência no mercado cabe ao taxi se adaptar e melhorar o serviço oferecido. Apesar disso, para garantir a livre concorrência é necessário que não haja privilégios para uma das partes, o que não é a realidade dessa disputa que se tornou desigual para os motoristas de taxi, pois necessitam de alvará das prefeituras para circulação e isso consiste em burocracias e despesas nas quais não são exigidas para o Uber. Essa injustiça, consequentemente vêm gerado rivalidades que culminaram nos últimos meses em agressões de motoristas do Uber e protestos de taxistas nas cidades brasileiras. Evidencia-se, portanto, a necessidade de medidas para a reversão desse cenário problemático. Cabe à União a criação de um projeto de lei para que a circulação do Uber dependa de licenças concedidas pelas prefeituras estaduais. Além disso, o sindicato dos taxistas deve promover cursos para uma seleção e capacitação desses trabalhadores e também, as cooperativas e os motoristas precisam direcionar parte do lucro mensal para a manutenção dos carros e compra de doces, biscoitos e água com intuito de oferece mais conforto aos seus clientes.