Nos últimos anos, a sociedade brasileira contemporânea vem presenciando um dos conflitos mais marcantes derivados do capitalismo, pois, além da divergência ideológica entre os adeptos do Uber e os apoiadores dos taxistas, ocorre a violência motivada pelo desejo de imposição de um ideal. Visto que ambos os lados possuem anseios que ferem os direitos dos indivíduos opositores, nota-se a necessidade de medidas que organizem esse caos, de modo que as duas partes envolvidas entrem em um consenso. Se por um lado, os taxistas consideram o Uber uma concorrência desleal em virtude da falta, nesse novo tipo de serviço, de toda burocracia e investimento existente na carreia de um taxista, por outro lado, representantes da startup americana defendem seus serviços prestados alegando que eles não fogem aos princípios da legislação brasileira, porém, admitem que seja necessário existir uma regulamentação do Uber assim como de outras empresas do gênero. Evidentemente, há espaço para ambos os tipos de transporte individual, no entanto, no caso do taxi, é essencial que sua empresa procure se adaptar às novas demandas do mercado ao invés de lutar pela exclusão do Uber, uma vez que, os brasileiros seguem o capitalismo, e nesse sistema econômico, a livre concorrência é intrínseca a este, logo, é imoral a pretensão dos taxistas de inabilitarem o Uber e constituírem uma espécie de monopólio do transporte pessoal. A partir do exposto, conclui-se que é imprescindível que o Poder Legislativo regulamente os serviços prestados pelo Uber de forma equânime se comparada ao conjunto de regras impostas aos motoristas de taxi dado que os dois veículos correspondem à categoria de transporte individual. Além disso, é de suma importância que os governos municipais fiscalizem e punam rigorosamente os envolvidos no confronte entre motoristas do Uber e do taxi a fim de suprimir possíveis novas revoltas violentas.