Título da redação:

Por uma concorrência saudável

Proposta: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 11/08/2016

No que se refere à questão dos transportes, um caso particular têm ganhado destaque nos meios de comunicação: trata-se, pois, da polêmica chegada do Uber – aplicativo de celular que conecta pessoas a motoristas particulares - ao Brasil. Nesse sentido, torna-se necessário, não só analisar os motivos que tornam o fato polêmico, como também procurar formas para integrar os motoristas do Uber de forma harmônica na sociedade. Primeiramente, é importante compreender que taxistas e motoristas do Uber disputam o mesmo mercado, o que, inevitavelmente, acaba gerando disputas. Nesse contexto, é fundamental que existam regras para tornar tal disputa a mais justa possível, o que não é uma realidade. Por não ser um serviço regularizado, os motoristas do Uber acabam levando vantagem, uma vez que não necessitam arcar com tanta burocracia para trabalhar. Esse panorama justifica os protestos que muitos taxistas fizeram no decorrer do ano, os quais alegam, com razão, que estão sofrendo concorrência desleal. No entanto, não é correto propor a proibição do Uber, como tem feito muitos taxistas e até mesmo o poder público de algumas cidades. É fundamental que o Estado garanta que novas opções de transporte para os cidadãos sempre sejam bem-vindas, até mesmo tendo em vista a situação caótica dos transportes públicos na maioria das cidades brasileiras. Assim sendo, não pode existir um monopólio por parte dos motoristas de táxis, ainda mais considerando a grande aceitação do serviço oferecido pelo Uber pela população, conforme pode ser visto pelo feedback dos usuários na página do aplicativo. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É fundamental que os governos estaduais se empenhem para regularizar os serviços oferecidos por aplicativos como o Uber, redigindo e aprovando leis específicas para que esses possam competir no mercado de maneira justa com os taxistas. Além disso, também é importante que os brasileiros participem da sociedade de forma politicamente ativa, expondo suas opiniões sobre o assunto, por meio de redes sociais ou mesmo protestos, e pressionando o governo para que sempre tome as ações mais inteligentes.