Título da redação:

O medo da liberdade

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 27/06/2016

É cada vez maior o número de ataques de taxistas aos motoristas que trabalham com o serviço do Uber. Com isso, é colocado em pauta se há espaço para concorrência justa nesse setor. Os taxistas e seus representantes, não são capazes de perceber que a melhor forma de ter uma disputa justa entre esses serviços, não é colocando mais barreiras (regulações burocráticas), mas, buscando a desburocratização e liberalização do mercado. É necessário considerar, antes de querer proibir o Uber, os motivos pelo qual esse aplicativo se tornou tão popular entre os motoristas e os clientes. No Brasil, os táxis eram, antes da entrada do Uber, um monopólio de transporte em veículos de quatro rodas. Dessa forma, era visível a despreocupação dos taxistas em oferecer um serviço de qualidade, afinal, as pessoas não tinham outra opção de transporte rápido além dos táxis. Depois da chegada do Uber, alguns taxistas ao invés de brigarem fisicamente, começaram a melhorar a qualidade de atendimento e transporte, oferecendo ao passeiro água mineral e até doces, melhorias essas semelhante a que vemos no Uber. Outro aspecto a ser observado, é a situação em qual os taxistas se encontram. Os taxistas, apesar de atuarem em um monopólio, não trabalham em condições favoráveis, como um táxi é uma permissão estatal, o motorista precisa regularizar seu veículo e pagar diversas taxas para continuar trabalhando. Então é compreensível que os taxistas se irritem com um concorrente que pode atuar com um serviço melhor e mais barato, porém, eles estão atacando o alvo errado, que é na verdade as barreiras para ser um taxista, não as facilidades para ser um motorista de Uber. Toda essa energia gasta em tentar proibir e atacar o Uber, seria melhor aproveitada em lutar contra as regulações e taxas que são impostas a eles, propiciando um ambiente de livre concorrência. Portanto, é necessário uma liberalização do mercado, afim de garantir a concorrência justa e benéfica. Cabe aos taxistas, a buscar o caminho para a livre concorrência, pressionando as instituições responsáveis por legislar e regulamentar o setor de transporte. Dessa forma, a concorrência trará a diversificação de escolhas para o consumidor, por consequência, uma melhoria na eficiência e qualidade desses serviços, como já foi presenciado com a chegada do Uber.