Título da redação:

O antiquado e o novo

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 23/05/2016

O sucesso do aplicativo Uber nos últimos anos é motivo de protestos violentos por parte de grupo de taxistas ao redor do mundo, os quais enxergam no novo serviço uma concorrência desleal. No entanto, este cenário explícita um problema que transpassa a básica disputa por mercado consumidor. Os motoristas particulares do Uber atendem a requisitos importantes para servirem seus consumidores, como o uso obrigatório de vestimenta social a até carros de luxo, além do preço mais favorável e atributos que o diferem em superioridade de serviço em relação àqueles oferecidos pelos taxistas. Desta forma, a inovação feita pelo Uber é resultado da simples competitividade de mercado praticada pacificamente, já do outro lado, a perseguição e violência aos motoristas de Uber é incentivada por parte de líderes sindicais, como ocorreu nas declarações de ódio do presidente do “Simtetaxi” de São Paulo. Em outra perspectiva, é compreensível a causa do espanto social em relação aos negócios disruptivos e inovadores como o Uber. Ao longo da história humana, técnicas e ideias novas foram recebidas negativamente, na forma de medo ao estranho, e como forma de encará-las, se utilizam pensamentos defasados e incompatíveis. Portanto, adequar o Uber a regulamentações baseadas no mercado de táxis poderia arruinar as mudanças inovadoras que o serviço trouxe. Primeiro surge a inovação, depois se pensam as leis. Como forma de garantir a competitividade pacífica entre Uber e táxis, é importante que se realize uma reforma nas formas de regulamentações dos transportes privados. Para isso, os legisladores devem tornar a prática do Uber legal, aceitando a forma de negócio do aplicativo, ao passo em que aconteça a redução de alguns impostos que afligem os taxistas e motoristas do ramo, o que acaba por encarecer este serviço. E para segurança dos consumidores, é preciso que seja feita uma análise dos antecedentes criminais dos motoristas de Uber, tarefa obrigatória dos órgãos regulamentadores do governo.