A teoria de Charles Darwin a respeito da evolução, em sua obra ‘’A Origem das Espécies’’, era de que apenas os seres adaptados sobreviviam. No entanto, essa noção não se restringe à Biologia e pode ser aplicada na sociedade, na atual rivalidade entre taxistas e o aplicativo Uber. Tal situação, gerou a proibição do Uber, pois as cooperativas de táxi estavam perdendo seus clientes devido a diferença dos serviços prestados por ambos, o que anulou a livre concorrência, e assim, trouxe consequências à população. Um dos princípios capitalistas propostos por Adam Smith, em ‘’A Riqueza das Nações’’, é a livre concorrência, a qual evita a criação de monopólios e estimula o mercado a melhorar. Contudo, no Brasil, essa liberdade não se aplicou ao Uber e ele foi proibido, por ter diminuído os usuários de táxi em função da sua adaptação ao cenário atual brasileiro de crise, com atendimento de qualidade e menos preços. Por outro lado, os taxistas, permaneceram com o mesmo serviço e tornaram-se segunda opção, devido a falta de adaptação. Em virtude disso, o impasse está longe de ser resolvido, pois a proibição do Uber não é a maneira correta de lidar com a situação, já que além de tirar a opção de escolha da população, ainda acabou com os empregos gerados pelo aplicativo. Além disso, tal proibição impede a adaptação e melhora dos serviços prestados pelas cooperativas, o que interfere diretamente na locomoção do cidadão e na boa convivência entre as empresas. O escritor George Bernard Shaw disse que o homem sensato adapta-se ao mundo, e o insensato quer adaptar o mundo a si. Portanto, para resolver o problema é imprescindível que as cooperativas de táxi melhorem seus serviços para se adaptar e competir, e assim, oferecer uma boa locomoção aos cidadãos. Ademais, o Poder Público deve legalizar o Uber e permitir a livre concorrência, a fim de melhorar a qualidade dos demais meios de transporte. Desse modo, ambas as empresas poderão conviver e o cidadão terá opção de escolha e serviços de qualidade e preço justo.