Título da redação:

Competição justa: caminho para o progresso

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 17/06/2016

Com a 3ª Revolução Industrial em 1970 e a popularização da internet no século XXI, as inovações tecnológicas aumentaram exponencialmente. Esse processo levou certos produtos antigos à obsolescência e não foi diferente em relação aos táxis. O surgimento do Uber, um aplicativo de transporte particular, causou revolta nos taxistas, que se sentiram prejudicados pela competição desleal com ele. Afinal, a criação de um implica na destruição do outro? De acordo com Adam Smith, o pai do liberalismo econômico, a competição é inerente ao capitalismo e saudável para a sociedade, visto que ela gera inovações e melhorias nos serviços. No Brasil, os táxis monopolizavam o mercado de transporte particular, a ausência de concorrência sucateou o serviço, que passou a oferecer péssimos atendimentos e cobrar preços altos. Com a chegada do Uber, os táxis foram compelidos a melhorar o serviço ou estariam condenados a desaparecer. Porém, a questão não é tão simples, uma vez que a competição com o Uber é desleal, já que não existe uma legislação específica para esse serviço, encurralando os taxistas. Dessa forma, não seria uma competição saudável, mas um favorecimento a um setor em detrimento do outro, visto que a carga tributária dos táxis é incrivelmente maior que a do Uber. Assim sendo, faz-se necessária a regulamentação desse serviço tão novo, de forma que a competição seja justa. A igualdade de tributação sobre os dois é decisiva para que os princípios defendidos pelo pai do liberalismo, a lei do livre mercado e da livre concorrência, sejam cumpridas. Esse é o caminho para termos serviços melhores a preços menores para toda a população e, consequentemente, aumentar a receita do Estado, que poderá investir em outros setores.