A atual questão entre taxistas e Uber mostra como funciona a livre concorrência do mercado. O estímulo ao desenvolvimento da qualidade de ambas as partes gera benefícios indiscutíveis ao consumidor, entretanto, a não aceitação das leis do mercado pode acabar desencadeando episódios de intolerância e violência. Em um sistema capitalista é normal que, para se alcançar a prosperidade em um ofício, sejam necessárias qualidades básicas para disputar os consumidores. Com o transporte não é diferente, considerando uma mobilidade pública ineficiente e sem expectativa de melhora, alguns - com maior poder aquisitivo - optam por formas alternativas e os taxis, por muito tempo, têm dominado essas formas. Assim, com a chegada do aplicativo Uber, que aliou os serviços à tecnologia, o que revolucionou o tempo e o conforto, o monopólio do taxi vem se desfazendo. A maioria dos taxistas têm aceitado essa concorrência e vêm melhorando seus serviços, em detrimento da anterior acomodação apresentada. Entretanto, alguns deles ainda insistem em acreditar que podem recuperar o monopólio agredindo os motoristas do Uber e depredando seus patrimônios, assim, se esquecem de quem deveria ser o principal foco de seu trabalho, o consumidor. Dessa forma, pode-se concluir da situação que há sim espaço para todos. É necessário ter em vista principalmente o conforto do consumidor e, ao deixar o mercado se regular, tanto taxistas como motoristas do Uber terão serviços de qualidade requisitados.