Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 23/02/2019

Segundo o filósofo francês Sartre, o ser humano é livre e responsável, cabendo a ele determinar a maneira como deve agir. É com esse pensamento filosófico que se pode avaliar a questão precária que se encontra o patrimônio histórico e cultural brasileiro, o qual apresenta falhas e implicações em sua gestão irresponsável e não racional. Desse modo, a discussão acerca da carência da preservação patrimonial é fruto de uma sociedade transparente e ausente, bem como da insuficiência de investimentos e recursos que não são aplicados. Em primeira análise, é importante observar como a passividade do meio social viabiliza a permanência dos empecilhos ligados às questões públicas. Consequentemente, a falta de interesse populacional em assuntos como ciência, tecnologia e, principalmente, inovação, coloca em xeque a condição de estabilidade de um patrimônio histórico. Além disso, sérios impactos, como a carência de projetos de reconhecimento da história brasileira, assim como a falta de participação civil e política, caracterizam um estado de degradação cultural. Logo, o Brasil perde aos poucos sua essência histórica que não é capaz de valorizar nem mesmo o Hino Nacional Brasileiro, colocando em dúvida a responsabilidade prezada por Sartre em relação as decisões do ser humano. Em segunda análise, a precarização também é encontrada nos setores da gestão pública brasileira, os quais apresentam insuficiente aplicação de investimentos e recursos plausíveis. Sendo assim, a não contribuição da política pública para com a inovação e preservação patrimonial favorece a ocorrência de acontecimentos trágicos e preocupantes, como o caso do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Assim como pensava Charles Mills, em seu livro "A Imaginação Sociológica", um problema social (ou o conjunto deles) necessita de uma investigação concreta e perspicaz acerca da sua estruturação. Entretanto, esse cenário não é presente no meio social brasileiro, visto que não há fortes cobranças dos setores que estruturam as condições necessárias para a melhoria dos patrimônios tão ricos, embora esquecidos. Faz-se necessário, portanto, desenvolver medidas que visem mitigar as implicações culturais e patrimoniais no Brasil. Desse modo, o Governo Federal deve, por meio de entidades científicas e acadêmicas, como o SBPC, promover uma reeducação da sociedade brasileira, bem como garantir recursos necessários para a tecnologia e inovação, a fim de tornar importante a questão pública dos patrimônios para uma sociedade ativa, a qual cobra e fiscaliza acerca da condição cultural. Sendo assim, é somente com essa postura que o Brasil determinará os seus modos de agir, tornando-se responsável e coeso com a sua própria cultura.