O patrimônio historico-cultural brasileiro é imensurável e inestimável. São milhares de anos de história, desde a chegada dos humanos às américas e seu estabelecimento nas terras que hoje compoem o Brasil até o século atual, catalogados em museus e instituições por todo o país. Contudo, a falta de investimentos resultou na precarização dos prédios e instalações desses locais, colocando em risco o registo histórico de toda uma nação. Recentemente, o incêndio do museu nacional do Rio de Janeiro acarretou perdas inestimáveis: documentos, fósseis, meteoritos e o objeto mais famoso que ali se encontrava: o esqueleto humano mais antigo encontrado em solo sul-americano. Tais perdas representam a despreocupação governamental com os museus e instituições culturais do país, que há decadas carecem de investimentos. Tal abandono por parte governamental gera, além dos prejuízos já citados, um desincentivo a pesquisa nacional, uma vez que fica claro que o governo, que deveria prezar pela manutenção das descobertas históricas e científicas, na prática não toma nenhuma medida para preservá-las. Logo, é evidente que a precarização do patrimônio cultural brasileira não afeta somente o patrimônio em si, mas as pessoas envolvidas no processo de investigação e de descoberta desse patrimônio e mais que isso, a população como um coletivo, visto que o patrimônio de uma nação pertence a seu povo. Desta forma, é necessário que o Governo Federal redirecione verbas para a manutenção e restauração dos patrimônios nacionais, a fim de restaurá-los e evitar futuras tragédias, como o do Museu Nacional. Tais medidas devem ser tomadas por meio de um replanejamento de verbas, que deve ser realizado pelo poder executivo e legislativo, em conjunto.