Nas últimas décadas, a política de tombamentos visando a preservação do patrimônio histórico foi intensificada. No entanto, além dessa medida faz-se necessária a manutenção desses locais, precária na sociedade brasileira, pondo em risco a bagagem cultural do país. Assim, o entrave apresenta-se – seja por uma inobservância governamental, seja pela fraca memória do cidadão, fatores que devem ser combatidos. Em primeira análise, observa-se que, de acordo com matéria da Folha, a verba destinada à manutenção dos estabelecimentos vem sendo reduzida. A partir disso, é corroborado o caráter negligente e inepto dos Governos Dilma e Temer que, posteriormente, culminaram na perda de milhões de dados e artefatos oriundos da história tupiniquim, como, por exemplo, o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro em 2018. Dessa forma, torna-se clara essa conduta nefasta que obstaculiza o fortalecimento de uma identidade nacional. Outrossim, o cientista social André Malraux, falara sobre como a falta de cultura e consciência manipula uma população. De maneira análoga, vê-se que o civil brasileiro encontra-se nessa condição alienada que, em detrimendo da administração supracitada, não desenvolve memória sociopolítica e histórica. Não obstante, distoando da Alemanha, mantenedora fiél de investimentos ante os museus do Holocausto, impedindo que esse erro seja cometido novamente e a consciência popular potencializada. Nesse viés, urge que medidas sejam tomadas para a solução do impasse. Em vista disso, cabe ao Ministério Público, consoante aos governos locais, introduzir, por meio de verbas adequadas e constantes manutenções, políticas não apenas de tombos, mas também de preservação, assim como praticado na Alemanha a fim de garantir a integridade do patrimônio. Ademais, é imprescindível que a esfera escolar, paralelamente à sociedade civil, mobilize diálogos no tocante à conscientização com o intuito de construir e sedimentar essa importante memória nacional. Só então, enfim, o povo canarinho poderá seguir sem retrocessos.