Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), patrimônio é o conjunto de saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade de um povo. Nesse contexto, deve-se discutir a preservação desses bens no Brasil e suas implicações, bem como propor medidas de proteção e valorização. Em primeiro plano, o país tem graves problemas de manutenção de infraestrutura, por consequência precariza o acesso à educação e à cultura. Por exemplo, a mais antiga instituição científica brasileira, o Museu Nacional, foi tomado por um incêndio em grades proporções, em setembro de 2018, esse que sofria cortes orçamentários há pelo menos 3 anos, comprometendo a segurança, manutenção e modernização. Certamente, a falta de verbas é um descaso governamental que fere os direitos culturais da sociedade e assume um caráter ainda mais grave por desrespeitar a identidade nacional. Destarte, mesmo com um legislação de preservação ao patrimônio histórico e cultural, ainda não se coíbe a depredação. Na tragédia anunciada do Museu Nacional, diversos patrimônios imateriais indígenas foram perdidos, como pesquisas linguísticas, arqueológicas e antropológicas, impedindo que esse povos tradicionais reafirmem identidades e memórias. Assim, mais do que mera questão de legado, a problemática da desvalorização do passado é dilema social, político e, sobretudo, econômico. Dessa forma, a população deve-se unir contra a desvalorização do bens históricos , artísticos e culturais, cobrando do Governo Federal a responsabilidade de investir suficientemente na manutenção das instituições, pois, embora seja dever do poder público, em toda nação democrática, cabe a sociedade fiscalizar e atuar na cogestão. Como também, o Estado ampliar os investimentos para fortalecer o IPHAN, afim de lutar pela valorização, evitar mais tragédias e preservar as identidades do povo brasileiro.