Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 02/10/2018

Em janeiro de 1808, houve a transferência da corte portuguesa para o Brasil, ocorrendo, também, a transição da biblioteca real. Nesse sentido, esse advento proporcionou uma nova visão intelectual à nação brasileira. No entanto, atualmente, nota-se a decadência gradativa da cultura e do patrimônio nacional, correlacionando como agentes desse impasse, o poder governamental e o âmbito social. Em uma primeira análise, é de suma importância ressaltar a ausência de conhecimento e valorização perante os indivíduos sobre os princípios culturais que regem a nacionalidade de um povo. Além do mais, consoante o escritor Pré-Modernista, Fernando Pessoa: “Cultura não é ler muito, nem saber muito; é conhecer muito”. Em parâmetro à essa indagação, reflete-se o quão a população brasileira é desprovida da autonomia vinculada ao patrimônio nacional, que, por conseguinte, designá-lo como, apenas, prudência do governo administrá-lo e zelá-lo. Ademais, a negligência gerada pela diminuição de 20% das verbas destinadas à manutenção do patrimônio público, segundo dados da Secretaria Estadual da Cultura, é imprudente. Nessa perspectiva, vê-se que a decorrência de tal desvalorização da cultura ocasionou danos irreversíveis às gerações atuais e futuras. Disponibilizando como referenciais desses descasos os incêndios nos seguintes museus: Nacional, no Rio de Janeiro, no ano de 2018, Língua Portuguesa, em 2015 e Memorial da América latina, em 2013. À vista disso, é alarmante salientar que o último presidente há visitar o Museu Nacional foi Juscelino Kubitschek, no período entre 1956 e 1961. Logo, percebe-se a irrelevância pública perante a valorização da história do Brasil. Diante dos argumentos supracitados, é indubitável, em pleno século XXI, a precariedade que se encontra o patrimônio público que está sob custodia das organizações governamentais. Assim, faz-se necessário haver por cunho dos Poderes Legislativo e Judiciário, em parceria com o Ministério da Cultura, por meio do Senado Federal, para a aprovação de uma nova lei que vise o aumento dos recursos destinados a esfera cultural, ou seja, aos patrimônios públicos de cada região, a fim de progredir a valorização e prevalência da cultura destina às futuras gerações.