Em sua rica história, o Brasil possui inúmeros registros históricos que impressionam não só pela beleza, como também pela importância cultural e social, que torna-se possível entender o contexto do país atual. Entretanto, infelizmente a desvalorização desse bem tão precioso por parte da população e das autoridades, ameça a extinção desse passado tão valoroso. A questão patrimonial tornou-se assunto de Estado no governo ditatorial de Getúlio Vargas, como parte importante de seu projeto de construção da identidade nacional. Desde de então foi criada a lei de tombamento dos patrimônios históricos, com o objetivo de proteger e preservar bens materiais do Brasil, porém essa política foi se perdendo ao longo dos anos e deixada de lado pelo Poder Público, e mesmo existindo uma vasta diversidade de monumentos como museus, igrejas, grutas, casarões, eles encontram-se completamente abandonados. O incêndio trágico no Museu Nacional do Rio de Janeiro que ocorreu setembro de 2018, exemplifica essa falta de segurança das construções históricas, principalmente no combate a incêndios e falta de investimento nas estruturas de edificações desses patrimônios. É notório que o descaso e o abandono não acontece somente pelo Governo, uma vez que um dos grandes problemas dos patrimônios são depredações como pichações, vandalismos e furtos de bens que ocasionam enormes prejuízos para os cofres públicos. Isso ocorre pelo falta de conhecimento e o desprezo que a população tem sobre a importância desses bens culturais. Desse modo, a educação nas escolas deveria ser o principal meio da civilidade e do respeito aos valores indispensáveis à vida social, mas é na própria escola que ocorre os primeiros gestos, como o chiclete na carteira, as pichações,e depredação do espaço físico. Por conseguinte, torna-se indispensável a tratativa dessa problemática. Cabe o Governo Federal, investir recursos financeiros suficientes para manutenção e a segurança dos acervos nacionais, garantindo a preservação deles por intermédio da atuação direta tanto IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) quanto das secretarias estaduais de cultura. Ademais, o Ministério da Educação deve inserir na grade curricular pesquisas de campo em patrimônios históricos, para que os alunos aprendam a importância da preservação da cultura. Assim, será possível preservar a da história do país, com o devido respeito que o passado merece.