A falta de prestígio da história é histórico no Brasil, tanto que faculdades de História iniciaram apenas no século XX no país. Logo, a precarização do patrimônio brasileiro é devido ao descaso da sociedade e do governo. A debilidade de monumentos históricos ficou em foco no incêndio do Museu Nacional que ocorreu em 2018, o qual abrigava mais de 20 milhões de itens, agora carbonizados. Desse modo, percebe-se a necessidade de dar visibilidade e mudar essa cultura que está enraizada na população. A crise econômica que assola o país nos últimos anos cortou gastos em diversos setores, sendo um deles a preservação do patrimônio cultural nacional, assim, atrasaram-se obras e manutenções deixaram de serem feitas. A precarização de patrimônios é comum na vida cotidiana, monumentos e prédios históricos pichados é uma triste realidade, sendo isso decorrente da falta de visibilidade da história para a população que a negligencia, preferindo arranha-céus e estacionamentos, a prédio que contam tanto da biografia brasileira. Isto torna-se evidente observando os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos do Rio de Janeiro, que em 2015 revelou que mais de 60 patrimônios públicos foram depredados, custando cerca de 4 milhões ao caixa municipal. Ademais, é indubitável o descaso dos políticos com a história do país, tanto que apenas uma candidata à Presidência apresenta propostas a investir na manutenção e reforma de monumentos. Dessa forma, a população que estudou em escolas deficitárias, as quais nunca incentivaram o apreço pela cultura, não questiona essas falhas políticas de propostas governamentais. Assim, o descaso populacional e governamental, que, portanto, não é pressionado a zelar por aquele espaço, abandona o patrimônio histórico. Com isso, a precarização desses espaços traz perdas irreparáveis a população, que perde parte de sua história, seu lazer e fonte de estudo. Por conseguinte, torna-se imprescindível dar visibilidade e fazer as restaurações necessárias nos patrimônios históricos de cada cidade. É fundamental o Ministério da Cultura reformar o patrimônio público, sendo necessário a contratação de engenheiros a fim de identificar problemas na parte estrutural para que incêndios não voltem a ocorrer, logo, com os monumentos reformados torna-se imprescindível cobrar taxas para mantê-los em bom estado, assim, futuramente a população voltará a ter esse lazer como algo comum. Outrossim, é imprescindível que as escolas desde a educação fundamental façam excursões, incentivadas pelos municípios, para conhecer os patrimônios históricos da região, despertando na geração futura o apreço pela cultura e, dessa forma, irão zelar e reivindicar sua conservação.