Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 25/09/2018

A história de uma nação é responsável por formar uma identidade nacional, que une o povo por meio de laços que vão muito além do gênero, da etnia e da religião. Além disso, ela é incumbida de fazer com que o homem olhe para as grandiosidades do passado e projete um futuro melhor, evitando os seus antigos erros- “Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la” (Edmund Burke). Mesmo assim, no Brasil, a principal fonte de conhecimento sobre a história do país, o patrimônio histórico e cultural, há anos, vem sendo abandonado. E, atualmente, está em estado de calamidade, o que, com o tempo, trará inúmeros prejuízos a memória do povo brasileiro. No último dia 2, o Brasil entrou em luto pela perda de inestimáveis patrimônios históricos, em um incêndio que consumiu quase todo o Museu Nacional. Este, que, inclusive, tinha o crânio da Luzia, fóssil humano mais antigo encontrado na América, está em risco de desabamento e, provavelmente, não será reerguido. Isso porque, no Brasil, pouco se investe no patrimônio histórico do país, haja vista que o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), responsável pelos tombamentos, pelas fiscalizações e manutenções está, gradualmente, perdendo investimentos do governo. Só no ano de 2014, houve uma redução de 32% das verbas repassadas ao instituto. Como consequência disso, muitas obras, museus e edifícios estão se deteriorando e estão sendo fechado. Exemplificado, pelo Museu do Ipiranga, em São Paulo, que foi fechado para reformas, há cinco anos, devido a problemas estruturais, como rachaduras e umidade por trás da tinta plástica. Infere-se, portanto, que o patrimônio histórico brasileiro é essencial para criação de uma identidade e para sua evolução. Porém, ele está precarizado. Logo, é necessário, por exemplo, que o Legislativo crie uma lei que obrigue o repasse de toda a verba, adquirida em apreensões feitas pelo governo, para a educação e para o patrimônio histórico, pois, assim, conseguir-se-á aumentar a manutenções e os tombamentos, evitando que mais museus sejam fechados ou destruídos.