Desde o Iluminismo entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, quando se observa a precarização do patrimônio histórico brasileiro, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar as principais causas, consequências e possíveis soluções para esse impasse. Primordialmente, é controvertível que aspectos governamentais estejam entre as causas do problema. De acordo com o artigo 3 da Constituição Brasileira, é dever do Estado construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, seguindo os últimos dados relacionados à problemática, a ação legal encontra-se distante da efetivação, haja visto que, devido a ineficiência de gestões, os setores de governabilidade encontram-se fragilizados e com isso incapacitados de preservar a riqueza histórica do país. Outrossim, destaca-se o desgaste cultural como decorrência do problema. Durante o século XV, na Europa, foi difundida a Movimento Humanista, esse que por sua vez procurava valorizar os feitos humanos. No entanto, divergindo do pensamento da corrente, a atuação produtiva à sociedade está distante da valorização, uma vez que muitos não reconhecem a importância ao acervo histórico brasileiro e, por conseguinte colaboram para o empobrecimento cultural do país. Para exemplificar esse menosprezo, pode-se mencionar sobre as inúmeras pichações feitas em monumentos expostos nas cidades brasileiras. Dessa maneira, percebe-se que o Brasil possui uma ampla gama cultural, mas que, em virtude da não colaboração do tecido social, aparenta estar sendo perdida. Desse modo, é notório que a precarização do patrimônio nacional brasileiro necessita de soluções. Portanto, cabe aos Poderes Legislativo e Executivo, por meio de reuniões com a população e os Ministérios que compõem a governabilidade do país, traçar metas e implantar projetos e novas leis, caso seja necessário, para potencializar os setores de administração brasileira, objetivando a preservação não somente das riquezas culturais como também da integridade social. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que procurem a conservação e colaborem com o enriquecimento cultural nacional, para que a situação vigente de depreciação seja mudada. Assim, será possível a formação de uma nação que saiba reconhecer a sua história, de modo eu se desenhe um futuro melhor.